O dado real é que, por mais elogiosos sejam os esforços do bolsonarista Thiago Junqueira (mais empresário que político) para dar fôlego no partido, tudo vai depender de um comando: o do senador Ciro Nogueira, que deve definir se terá candidato em 2026.
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Junqueira entre os Trabulo (pai e filho), que, ao que parece, ainda são do PP
São 2
Ah, mas o PL já tem dois candidatos: Mainha, que teima contra a vontade da direção, e Toni Rodrigues, esse, sim, da simpatia de grande segmento. Mas nada está definido. Há quem, entre eles, entenda que nada do que está posto perdurará.
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Mainha é candidato ao governo
Toni Rodrigues, no páreo
O jornalista Toni Rodrigues, agora apresentado como pré-candidato ao governo (junto com Mainha), discursou se dizendo um dos jornalistas mais perseguidos do Piauí pelo PT.
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Tony Rodrigues é candidato ao governo
Quem somos?
A não ser “lideranças” sem votos como o grandão Neo, a ex-vereadora Jessi e outros muito pouco notados, o PL do Piauí não preenche uma folha de papel A4. Eles sabem quem são, mas não contam quantos são.
Daniel x Trabulo
Nas redes sociais, Daniel Pereira não escondeu a insatisfação com o protagonismo que ele vê como artificial, dado a Trabulo Neto. “Olhei as redes sociais do Trabulinho… começou a postar agora em abril, criou Twitter em março”, ironizou.
Franquia
Para ele, está claro que se descobriu um nicho eleitoral e se está preparando para assumir a “franquia” do Bolsonaro no Piauí, sendo ainda presidente do PP Jovem, mas disputando com os ativos do PL.
Bolsonarismo de ocasião
Trabulo Neto se apresenta como bolsonarista convicto. Mas, nos bastidores, não faltaram críticas: lembraram que ele vem fazendo dobradinha com o PL antes mesmo do pleito, inclusive com colaboração em rede social, quando ainda está no PP. A acusação é de oportunismo.
Discurso emotivo
Em seu discurso, Trabulo Neto chorou. Disse que entrou na política após o câncer da mãe e que esse foi o motivo de sua motivação pessoal. O tom emocionado comoveu alguns, mas não dissipou as desconfianças.
Mainha prega paz
Mainha tentou apaziguar. Disse que não havia confusão, que conversou com Tiago Junqueira e que ficou acertado haver dois candidatos, sem disputas internas declaradas.
Jornalista na mira
O jornalista José Ribas Neto virou alvo indireto. Alguns membros não gostaram do espaço dado por ele às falas de Daniel Pereira, assim como havia feito antes com Trabulo Neto. Para piorar, sugeriu que o partido fizesse uma pesquisa interna e apoiasse quem melhor se saísse. A proposta foi apoiada — até por aqueles que não o querem por perto.
Insatisfação de Parnaíba
Uma força política de Parnaíba saiu contrariada. Reclamou que não faz sentido um partido fazer pré-campanha para filiado de outro partido, o que inclusive fere a legislação eleitoral.
“O clima era animado, mas depois do que vi, deu vontade de voltar…”, resumiu.
Quem manda no PL?
Nos bastidores, corre a acusação de que Mainha age “a mando de Ciro”, o que lhe rende rejeição entre parte da base. Agora, porém, a crítica se repete em outro tom: dizem que o novo candidato seria uma aposta bancada por um menino do PP Jovem. Para veteranos, o recado é duro: o PL teria decaído a tal ponto que qualquer um passou a dar as cartas. Antes, pelo menos, se pensava ser Ciro quem dava as cartas; agora, é um menino.
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A sede do PL - espaço apropriado ao lazer de muitos que não tem tanto o que fazer
Crítica de liderança
Um cientista político e liderança do partido não escondeu a contrariedade: “Com todo o respeito! Decisão mais que equivocada e errônea. Ou pessoal ou imposição proposital vinda externamente. Não compartilho e não a defendo, pois não consultou as bases e lideranças.”
Estratégias cruzadas
Tony Trindade, conhecido por transitar entre os meios petistas e por ter se aliado a Rafael Fonteles e Fábio Novo na última campanha, agora é citado nos bastidores como o possível responsável por cuidar da comunicação da candidatura de Toni Rodrigues. A movimentação reforça a percepção de que o PL virou terreno aberto para influências externas, onde até adversários de ontem podem assumir papéis centrais amanhã.
Tiago Junqueira em prova de fogo
Ainda perdido no tabuleiro, Tiago Junqueira, o presidente do PL-PI, se esforça para unir a base e dar espaço e voz a todos em meio à disputa por protagonismo, confusões e egos inflados. Sua boa vontade é reconhecida, mas nos bastidores já se ouve a cobrança: precisa melhorar a condução. Para alguns, ainda engatinha na tarefa de liderança e terá de mostrar avanços muito mais consistentes para manter o grupo unido.
Enfim…
Só se comenta que, ao fim e ao cabo, quem vai decidir sobre o destino do PL no Piauí será Ciro Nogueira.
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Ciro Nogueira ainda não disse se o PL terá candidato ao Palácio de Karnak, em 26
A união?
Apesar de tudo e do que se diz nos bastidores, Toni Rodrigues e Mainha estiveram juntos hoje, ambos reforçando união com o partido. Tiago Junqueira disse que o momento é de união e que tudo que está acontecendo já foi conversado com ambos, e que agora deve se articular pelo Bolsonaro no Piauí.