O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) instaurou um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades na contratação, demissão e recontratação de professores aprovados no teste seletivo realizado pela Secretaria Municipal de Educação de Parnaíba em 2023.
A medida, conduzida pela 1ª Promotoria de
Justiça da comarca, foi tomada após denúncias de que
profissionais selecionados teriam sido dispensados de forma arbitrária
e readmitidos meses depois, sem receber qualquer indenização pelo período em
que ficaram afastados.
Segundo o MPPI, as denúncias começaram em novembro
de 2024, quando aprovados no seletivo relataram não ter sido
convocados. Após cobranças, parte foi chamada, mas em dezembro ocorreu uma demissão
em massa. No entanto, em março de 2025, os mesmos professores
foram recontratados, sem compensação pelos meses parados.
A Prefeitura alegou que as demissões se deveram ao fim
do ano letivo de 2024, garantindo que todos os pagamentos
rescisórios foram feitos. Porém, o MP identificou inconsistências nas
explicações e falta de documentos comprobatórios, levantando
dúvidas sobre a legalidade dos atos.
O promotor Antenor Filgueiras Lôbo Neto
determinou a conversão do procedimento em inquérito civil e requisitou que a
Prefeitura apresente, em até dez dias úteis,
documentos que comprovem o pagamento de indenizações e as medidas para garantir
a regularidade do ano letivo de 2025.
O Ministério Público destacou que a educação
é um direito fundamental e que a seleção pública deve respeitar
os princípios da igualdade, legalidade, moralidade e eficiência.
Caso sejam confirmadas violações, novas medidas judiciais poderão ser adotadas.
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