2 de abr. de 2020

Sem jogos para trabalhar, árbitros do Piauí vão receber auxílio financeiro

Árbitros, assistentes e analistas do Piauí que fazem parte do quadro de arbitragem nacional receberão auxílio financeiro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Além dessa ajuda, anunciada na última quarta-feira (1º), eles aguardam o pagamento de parte das taxas referentes ao Campeonato Piauiense, previsto para esta semana. 
José Steifel, presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol (CEAF-PI), informou ao Cidadeverde.com que cerca de 15 integrantes do quadro nacional devem ser beneficiados com a medida da CBF. 
A Confederação afirmou que pagará uma antecipação da taxa de arbitragem, calculada com base no maior valor pago para a categoria do árbitro - quem trabalha em jogos da Série A recebe mais que os árbitros das Série C e D, por exemplo. Orientações de atividades físicas, auxílio psicológico e aulas em videoconferência também serão oferecidos pela CBF. 
Antonio Dib Moraes de Sousa e Diego da Silva Castro, árbitros de categoria AB, estão os que deverão receber o benefício da CBF no Piauí. 
Do Campeonato Piauiense, os árbitros esperam o depósito de 70% dos valores de taxas das partidas deste ano. José Steifel afirmou ao Cidadeverde.com que o pagamento ficou acertado com a Federação de Futebol do Piauí (FFP) e deve ser feito até sexta-feira (3). 
Dos cerca de 50 integrantes do sindicato dos árbitros, Steifel estima que 35 estavam ativos no Piauí antes da pandemia do novo coronavírus atingir o calendário do futebol brasileiro.  
A FFP suspenseu o Campeonato Piauiense no dia 17 de março. Com decreto suspendendo eventos esportivos até 30 de abril em todo o estado, não há previsão de quando o torneio possa ser retomado e outras competições iniciadas. 
A própria comissão de arbitragem tinha um curso para formação de novos árbitros programado para abril, com alunos inscritos, mas a realização do evento está suspensa. 
Não regulamentada, a profissão de árbitro é atividade amadora no Brasil. Na maioria dos casos, os árbitros têm outra profissão para garantir seu sustento. 
Para José Steifel, no momento, essa situação acaba minimizando problemas financeiros que a categoria possa ter durante a pandemia. 
- Eu, particularmente, sempre incentivei os árbitros a terem um curso superior e fazerem um concurso e ter um emprego próprio. (...) A maioria dos nossos árbitros tem emprego. São professores, policiais militares, alguns trabalham em empresas privadas. Se fosse viver só de arbitragem...

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