Mão Santa denuncia abandono de vítimas da tragédia da Barragem Algodões, no Piauí

O senador Mão Santa (PSC-PI) lamentou em discurso que, um ano depois, as 613 famílias vítimas do rompimento da Barragem Algodões, no município piauiense de Cocal, estejam abandonadas no local para onde foram levadas, sem água, sem energia elétrica ou assistência à saúde. Ele leu trechos de reportagem publicada pelo jornal Tribuna do Piauí que retrata a situação.

- Na época em que a barragem arrebentou, o governador do PT foi lá e fez muitas promessas, que não são cumpridas. O governo foi incompetente. Houve demagogia - disse.

Mão Santa criticou ainda a administração do governador Wellington Dias, que pediu afastamento do cargo para se dedicar à campanha eleitoral, por ter desviado para a conta única do governo do Piauí cerca de R$ 5 milhões destinados ao pagamento de remédios. Com isso, pessoas com doença renal, que precisam de hemodiálise, ficaram 16 meses sem tratamento, afirmou o senador.

O senador reafirmou sua declaração de que "não há nenhum aeroporto internacional" na cidade de São Raimundo Nonato, no sul do Piauí, "como informavam os panfletos de propaganda do governo" do estado. Ele esteve na cidade no final de semana e pôde constatar que "lá está a mesma pista" que existia há dez anos, quando foi à cidade o então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Durante sua visita à cidade, disse Mão Santa, uma professora reclamou que o governo do Piauí não vem pagando o piso nacional de R$ 950, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador lamentou o fato de haver dinheiro para empregar petistas no governo, sem concurso, "mas não para pagar o piso dos professores". Ressaltou que os contratados, indicados politicamente, ganham até R$ 11.848 por mês.

Agência Senado