Após divulgação dos resultados das provas objetivas e de títulos, dezenas de professores parnaibanos foram surpreendidos com a notícia de recomendação para suspensão do certame por parte do Ministério Público daquela cidade. Em um documento oficial da justiça, há supostos relatos de irregularidades ocorridos durante a execução do concurso público para o provimento de diversas vagas do funcionalismo público de São Bernardo (MA).
Quase sessenta dias após a suspensão da homologação do certame, centenas de candidatos que pagaram as inscrições do concurso, estudaram e foram aprovados de forma lícita, esperam o findar das investigações por parte do poder judiciário.
Um dos grandes questionamentos dos candidatos aprovados é a materialidade das provas citadas na recomendação do Ministério Público, a imparcialidade por parte dos acusadores, e a lisura por parte da banca organizadora e da gestão municipal.
Estariam mesmo, a banca examinadora e a gestão pública municipal, envolvidas em irregularidades ou o freio da homologação do concurso foi movido por questões pessoais e políticas? Ambos os comentários circulam nas ruas, praças e grupos de redes sociais da cidade, enquanto milhares de candidatos estão traumatizados, em desvantagem, desacreditados em fazer concursos em cidades pequenas do Piauí e Maranhão. Em quem confiar? Como não ser injustiçado estudando, preparando-se para carreira de servidor público, com municípios, bancas examinadoras de caráter duvidosos? Além disso, como não pensar sobre as questões políticas que freiam a esperança de uma educação pública com professores que se esforçam e labutam dia após dia para ingressarem na profissão por meio de concursos públicos? Fica a reflexão, ficam aqui os anseios de professores que esperam um futuro livre de interesses políticos individuais e mesquinhos.
Rilton Araújo
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