Blog do Pessoa: ‘Bandido armado tem que ser fuzilado’, diz General sobre intervenção


19 de fev. de 2018

‘Bandido armado tem que ser fuzilado’, diz General sobre intervenção


General Augusto Heleno: ex-comandante das tropas no Haiti defende ações radicais no Rio de Janeiro
Há uma grande interrogação sobre os rumos da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Ou melhor: há muitas interrogações. A primeira delas é quanto à própria atuação das Forças Armadas neste novo cenário, tendo em conta que essas mesmas Forças Armadas já estão no Rio há muito tempo. O que, agora, será feito de diferente? Quais recursos estarão disponíveis? Os de sempre?
O debate sobre os rumos da intervenção ganhou um forte argumento na voz do general da reserva Augusto Heleno. Partidário de medidas radicais, o general coloca três condições básicas para que a ação federal tenha efeito concreta. Sem elas, o fracasso é uma perspectiva bastante provável. Antes de dizer das condições, é bom lembrar quem é o general Augusto Heleno: ele foi Comandante Militar da Amazônia e chefiou a primeira missão da ONU no Haiti, em 2004.
O general é um crítico das políticas de segurança brasileiras desde o governo Lula, sendo alvo inclusive de duras críticas do então presidente. E faz uma relação entre a ação no Rio de Janeiro e a missão que viveu no Haiti. É quando coloca as três condições necessárias, em especial a primeira.
1- Liberdade de ação: para ele, é preciso que o comando de cena (isto é, o comando de uma operação específica, sem esperar o comando geral) tenha liberdade para agir. Nesse caso, ele é claro e faz uma relação com os que ostensivamente portam armas de guerra pelas ruas do Rio: “Bandido armado tem que ser fuzilado”. Afirma que foi assim no Haiti e que essa informação foi disseminada, levando a um comportamento contido por parte dos bandidos. E, indiferente às reações no campo jurídico, o general diz que não pode haver processo contra o autor desse ato. 
2- Ampla Mobilidade: é preciso condições para a ação, em especial a mobilidade. Ele adverte para a realidade carioca: não dá para se deslocar pelo Rio de carro, uma cidade de transito caótico. Daí, o interventor tem que ter helicópteros para chegar rápido aos locais de ação.
3- Pessoal qualificado: para ele, o interventor deve contar com pessoal qualificado, mais concretamente pessoal das forças especiais e de fora do Rio de Janeiro. Sem isso, além da baixa qualidade técnica dos agentes da segurança, haverá sempre a possibilidade de vazamento de informação nas operações, reduzindo ou anulando sua eficácia.
As manifestações do general Augusto Heleno mostram o quando é complexa a ´situação, o que complica a tarefa dos interventores. E mostra o quanto de interrogações persistem. Somente o tenpo dirá qual rumo a intervenção tomou, e qual resultado trouxe.
Por Fenelon Rocha/Cidadeverde 

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