O delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, determinou que o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) assuma as investigações sobre as ameaças de morte direcionadas ao delegado Charles Pessoa. As mensagens, que circulam em grupos de WhatsApp e redes sociais, foram classificadas como uma tentativa de intimidar o trabalho de enfrentamento às facções criminosas no Estado.
Segundo Luccy Keiko, a Polícia Civil já atua de forma imediata para identificar os suspeitos responsáveis pelas ameaças. Ele destacou que ataques a um agente da Segurança Pública atingem toda a cúpula do sistema, incluindo o próprio Estado de Direito. “Quem ameaça um profissional como o delegado Charles não ameaça apenas a ele, mas toda a estrutura da Segurança Pública. Não temos medo nem receio. A polícia aqui comanda a Segurança”, afirmou.
As mensagens atribuídas a criminosos ainda estão em fase preliminar de apuração, mas incluem expressões como “o Charles está decretado”. A suspeita é de que as ameaças estejam relacionadas à recente operação no litoral piauiense, que apreendeu uma tonelada de drogas e representou um forte golpe financeiro às facções.
Charles reage: “Estamos de malas prontas para retornar ao litoral”
O delegado Charles Pessoa, referência no combate ao crime organizado no Piauí, afirmou que não se intimidará diante das novas ameaças. Segundo ele, sua equipe continua preparada para seguir atuando com firmeza.
“Combatemos facções há 16 anos. Sabemos dos riscos, perdemos irmãos de farda, mas seguimos firmes. Se os criminosos imaginaram que iriam me intimidar, estão enganados. Já estamos de malas prontas para retornar ao litoral e mostrar a força da Segurança Pública do Piauí”, declarou.
Charles ressaltou que nenhum agente recuará diante das intimidações e reforçou que o objetivo é garantir segurança às famílias piauienses.
Investigação em andamento
Com o DRACO à frente da apuração, as forças de segurança monitoram grupos e perfis usados para disseminar as mensagens criminosas. A ordem é identificar e responsabilizar todos os envolvidos.
A Polícia Civil reforça que ameaças não impedirão as operações e que o combate às organizações criminosas continuará de forma integrada e rigorosa em todo o Estado.
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