19 de jan. de 2025

100 ANOS DE VIDA DE ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA


O mês de fevereiro já se anuncia e vem com a graça de uma longeva história. 

O professor Alexandre Alves de Oliveira (1925-) celebrará, com muita lucidez, os seus 100 anos de existência no próximo dia 27 de fevereiro de 2025. 

Repito: 100 anos de vida com muita lucidez! 

Com aparência jovial, poucas rugas, rosto liso, quase intacto pelo tempo, Alexandre Alves de Oliveira realmente surpreende com o seu olhar de tamanha vitalidade e sede de viver. 

Faz o seu percurso diário trabalhando a mente, defronte ao computador, a realizar jogos lotéricos, cálculos matemáticos, anotações numéricas, usando a arte japonesa do origami, com perfeição, para expressar o seu amor a sua amada de toda a vida, professora Maria Christina de Moraes Souza Oliveira.

O nome e a trajetória de excelência do professor Alexandre, como é carinhosamente conhecido por todos os seus alunos e amigos, batizam o Campus da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), homenagem concedida em vida, como deve ser, a um baluarte da Educação parnaibana. 

Nascido no estado do Ceará, na cidade de Cedro, migrou homem feito para a Parnaíba de Nossa Senhora da Graça, no litoral atlântico do Piauí.

Constituiu a sua família ao lado da professora Maria Christina, com quem teve quatro filhos: Maurício, Marcos, Joaz e Alexandra.

Da união dos vocacionados mestres, Alexandre e Christina, houve a frutificação do dia a dia de trabalho em prol do ensino de qualidade e das práticas esportivas locais. 

Alexandre Alves de Oliveira é um ícone desportista.

Dos seus inúmeros pupilos, relembro o ilustre economista Raul Wagner dos Reis Velloso, o jornalista José Luiz de Carvalho e a gabaritada jurista Maria Fernanda Brito do Amaral, trio imortal da Academia Parnaibana de Letras (Apal), a título de exemplo, como provas da grande missão exercida por Alexandre Alves de Oliveira. 

Por onde a inteligência de Alexandre Alves de Oliveira passou como educador fez reverberar o seu talento de pedagogo e de matemático.

Suas marcas ficaram no Ginásio Parnaibano, na União Caixeiral, no Ginásio São Luiz Gonzaga, no Colégio Nossa Senhora das Graças, na Escola Estadual Lima Rebello, dentre outros estabelecimentos de ensino.

Como memorialista, escreveu o livro intitulado "Histórias de um cearense em Parnaíba", publicado há dez anos, no ano de 2015. 

Tenho o privilégio de conviver com o professor Alexandre nesses últimos nove anos e sou testemunha da sua profundidade humanista. 

"Quando fevereiro chegar, saudade já não mata a gente", dizem os belos versos de Geraldo Azevedo.

Fevereiro vem chegando e com ele, a certeza de que os 100 anos de vida de Alexandre Alves de Oliveira é uma dádiva para todos os seus familiares, amigos e admiradores, como eu. 

Parnaíba inteirinha agradece o seu empreendimento luminoso no bem servir, uma cidade que sabe abraçar e reconhecer o seu extraordinário legado. 

Na reserva dos meus próprios poemas, faço versos que retratam fortemente a sua intimidade com a nossa Parnaíba: 

SEDE 

Venho de outras 

paragens,

ao beber as águas 

do rio Igaraçu, 

deixei-me inundar 

pela ânsia 

de fincar aqui

os sonhos 

divagantes

de um migrante. 

(Poema de Diego Mendes Sousa) 

Por Diego Mendes Sousa 

Brasília-DF, 

19 de janeiro de 2025.

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