Prof. Dr. Geraldo Filho – UFDPar (20/12/24)
No desalento que se abateu sobre o país no final de 2024, criado pela tragédia anunciada de 02 anos de governo irresponsável e amador no trato das contas públicas, que resultou na elevada alta dos preços (inflação) e na desvalorização rápida do Real face ao Dólar (o que também atinge o consumidor, pois, como exemplo, o preço do trigo que o Brasil importa é pago em Dólar, o que significa que toda massa no qual ele entra, do pão aos bolos, do macarrão às pizzas, terão seus valores aumentados progressivamente) não serei eu a contribuir para piorar o clima de velório com mais uma análise pessimista!
Não escondo, no entanto, uma ponta de satisfação com a capacidade de previsão daqueles que lutam contra o mal no Brasil desde 1989: os brasileiros foram avisados! Essa luta não é somente da boa ciência contra a ideologia depravada (fingida como ciência, por exemplo, como a pedagogia comunista de Paulo Freire); tampouco da concepção liberal-conservadora de mundo versus ditaduras (Cuba, Venezuela, Rússia, Irã...); é também um combate místico, do bem contra a perversidade inescrupulosa do mal (fiquem atentos cristãos e espíritas que não conseguem perceber a malignidade de entidades disseminada por líderes políticos que apoiam!).
Por outro lado, faltando poucos dias para os 60 anos, gostaria de dar boas notícias para os amigos e em particular para os da área da saúde (“jalecos brancos”), sobretudo meus alunos de Fisioterapia! Duas forças evolutivas comandam a vida dos humanos: a evolução biológica e a evolução cultural.
A evolução biológica preside o ciclo de nascimento-vida-morte contra o qual nada se pode fazer, o seu mapa é traçado em boa parte pelo código genético! Porém, a evolução cultural (ou seja, tudo o que não é a natureza em si, mas sua transformação) vem remodelando e redefinindo tudo aquilo que em boa parte era determinado pelo código genético!
Assim, é notório o efeito da evolução cultural sobre o aumento da expectativa de vida dos humanos, claro que variando conforme o nível de enriquecimento de cada sociedade (educação, saúde, lazer, trabalho), mas, mesmo em países como o Brasil o prolongamento da vida com qualidade é francamente observável. Todos os dias eu acompanho no Blog do Pessoa o obituário da Pax União e presto atenção nas idades dos falecidos, eis que se torna comum a passagem de idosos de 80, 90 e mais de 100 anos!
Consolidando essa tendência, pesquisa da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, liderada pelo Prof. Dr. Tony Wyss-Coray, publicada na Nature Medicine (março/2024), propôs nova classificação para as etapas do envelhecimento humano, processo que leva às transformações físicas, mentais e de saúde, cujos sinais começam com danos na pele, aparecimento de doenças, perda de memória e mobilidade mais lenta. Segundo ele: a idade “adulta” vai de 34 a 60 anos; a “maturidade tardia” vai de 60 a 78 anos; e, somente aos 78 anos chega o “envelhecimento”.
Como sociobiólogo e pesquisador de neurociência cognitiva e comportamental concordo absolutamente com o Prof. Wyss-Corey, ao tempo em que fico felicíssimo de me incluir a partir do próximo 14/01 no time dos “maturos tardios”, reconvocando alguns amigos leitores (espalhem, porque essa é uma noticia boa!) que já se achavam no time dos “velhos” para jogar nesse novo time!
Para os “jalecos brancos” apliquem a palavra de ordem que eu ensino para vocês: “saúde no coração e business (negócios) na cabeça”! Cuidem bem e com carinho dessas faixas etárias cada vez mais longevas, pois serão sua principal fonte de renda!
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