1 de nov. de 2024

Herpes-zóster: quem precisa se vacinar contra a doença?

Os médicos brasileiros têm observado um aumento nos casos de herpes-zóster, conhecida também como cobreiro. Esse aumento é atribuído, principalmente, ao envelhecimento populacional. A doença é causada pelo vírus Varicela-Zóster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora, e pode se reativar em adultos que tiveram essa infecção na infância.

Foto: GettyImages

Estima-se que cerca de 95% da população brasileira já tenha tido contato com o VVZ, pois a vacina contra o vírus começou a ser produzida apenas em 1990. Pessoas que contraíram catapora na infância ficam com o vírus latente no organismo, e, com a queda da imunidade, ele pode ressurgir na forma de herpes-zóster, resultando em dores e lesões desconfortáveis na pele.

O herpes-zóster causa intensa dor, coceira e uma faixa de lesões na pele. Em casos mais graves, pode até gerar complicações como cegueira, dores persistentes e aumento do risco de problemas cardíacos. “A única forma de prevenir o herpes-zóster é através da vacinação”, esclarece o infectologista André Bon, do Exame Medicina Diagnóstica. Ele ressalta que a vacina, além de diminuir os casos da doença, reduz as chances de neuralgia pós-herpética, uma dor intensa que pode persistir após as lesões.

No Brasil, há duas vacinas contra herpes-zóster: o Zostavax, da MSD, e o Shingrix, da GSK. Enquanto a primeira é baseada em vírus atenuado e aplicada em dose única, o Shingrix utiliza tecnologia recombinante e é administrado em duas doses, com intervalo de 2 a 6 meses. Essas vacinas são indicadas para adultos a partir de 50 anos e para imunocomprometidos maiores de 18. “A conscientização sobre a importância da vacinação tem crescido, principalmente com o envelhecimento populacional e o aumento de recomendações médicas,” finaliza a médica Marcela Rodrigues, diretora da Salus Imunizações.

Fonte: Metrópoles

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