A pesquisa dos meus olhos!
Prof. Dr. Geraldo Filho (UFDPar – 31/12/2021)
Quando o brasileiro comum liga a televisão ou acessa algum aplicativo de canal de TV ou jornal para acompanhar as notícias fica com a sensação de que nasceu em um país africano, do tipo Etiópia ou Somália!
Por razões que só o fim das gordas verbas de propaganda explica que desde 1985, com o término do Período Militar, cevavam as empresas de comunicação televisivas e da imprensa escrita, os telejornais e jornais se esforçam por criar para o telespectador ou leitor cenário de mal-estar, estimulando reações de medo, insegurança e ansiedade.
Inconformados com o corte das verbas de comunicação no Governo Jair Bolsonaro caiu a máscara da “isenção” jornalística das redes de TV e jornais, sobretudo Rede Globo, Bandeirantes, Folha de São Paulo e Veja, revelando-se o alinhamento ideológico à esquerda, camuflado desde os anos 60 nas redações e diretorias comandadas por militantes comunistas: Anselmo Góes, Elio Gaspari, Franklin Martins, Miriam Leitão, etc.
Como consequência, assistiu-se a formação de aliança descarada entre as TVs, jornais e os partidos de esquerda, com o objetivo explícito de derrubar o governo mediante “impeachment” ou pelas eleições de 22. Mas, como o Governo Bolsonaro mostrou forte base de apoio popular e militar e já se está a dez meses da eleição o expediente do “impeachment” parece improvável! Assim, resta vencê-lo nas urnas ou de algum modo impedi-lo de concorrer!
Com esse objetivo, apresentadores, repórteres e comentaristas (os tais “especialistas”) da Globo, Bandeirantes, CNN; de jornais como Folha de São Paulo e Estadão; além dos blogs que foram financiados as bicas nos governos Lula e Dilma, vendem ao telespectador ou ao leitor um Brasil de miséria e tragédias. Ora, este não é o Brasil que meus olhos veem!
Dizem que há corrupção no governo, mas faz três anos que não aparece um escândalo do tipo Mensalão ou Petrolão, que fizeram a festa dos partidos nos governos Lula e Dilma com recursos desviados das empresas estatais.
Dizem que o governo não comprou vacinas e é responsável pelas mortes da Covid, mas a Inglaterra (primeiro país a vacinar) só começou em dezembro de 2020 e o Brasil iniciou a campanha de vacinação logo em seguida, em janeiro de 2021, e notem, em um país de dimensões continentais e com 210 milhões de população, o que significa enorme desafio logístico! Resultado: a vacinação no Brasil é um “case” internacional de sucesso!
Dizem que existe fome, desemprego e inflação no Brasil, mas não dizem que estes fenômenos socioeconômicos sempre existiram e existe em qualquer sociedade, o problema é quando começam a se elevar e fogem do controle, o que não é o caso do país! Aliás, a inflação na Europa e nos Estados Unidos, para o padrão deles, está nas alturas!
Ora, o fato de ter aumentado o número de pessoas com fome, que perderam o emprego ou de que tenha ocorrido inflação de preços está na razão direta da política do “fique em casa e a economia a gente vê depois”, ação estrategicamente defendida pela aliança das TVs, dos jornais e dos partidos de esquerda, com o objetivo de desgastar o Governo Bolsonaro (que sempre foi contra esse tipo de medida), pois eles sabiam quais seriam as consequências negativas para a população e cujos resultados agora procuram lançar na conta do Presidente.
A Organização Mundial da Saúde reconheceu que “fechar tudo” (“lockdown horizontal”) em países pobres, como o Brasil, por causa da Covid prejudica, sobretudo, os mais pobres, pois aqueles que têm emprego formal ficarão desempregados devido ao fechamento das empresas; e aqueles que têm empregos informais perderão a renda devido à desaceleração da economia, principalmente no setor de serviços (vendedores de rua, em eventos esportivos, na praia, em shows, feirantes, flanelinhas, etc.). Só que o Presidente desde o princípio da pandemia já dizia isso!
Contra todo esse clima de terror dos telejornais e jornais que intenciona amedrontar os brasileiros e volta-los contra o atual Governo, preparando o retorno da esquerda e das “verbas de comunicação”, eu me defendo relatando rápidas observações do litoral do Piauí e de parte do Maranhão na região do Delta do Parnaíba.
Ora, numa região pobre como essa o impacto da retração econômica deveria agravar a olhos vistos a fome, o desemprego e a inflação. Estes fenômenos socioeconômicos tiveram suas taxas aumentadas durante a Pandemia de Covid 19? Sim, houve acréscimos, porém, que fique claro, eles resultaram da paralisação dos diversos setores da economia, obrigados a se desmobilizar por ordem de governadores e prefeitos que adotaram o “lockdown horizontal”; a elevação destas taxas não decorreu de crise econômica provocada por qualquer política equivocada do Governo Federal.
Mas observem, mesmo com o aumento da fome, do desemprego e da inflação nessa microrregião do Nordeste conhecida como Meio-Norte nem de longe o quadro socioeconômico corresponde aquele pintado pelas empresas de comunicação citadas! Não se viram pelas cidades da região pessoas esquálidas como zumbis, mendigando alimentos ou saqueando estabelecimentos comerciais movidas pela fome, como eu testemunhei no Ceará em um período de seca na década de 80 do século passado! O Auxilio Emergencial socorreu milhões de brasileiros, empregados e pequenos empresários.
Toda economia tem um percentual mínimo de indivíduos que por mais rico que o país seja não estará vinculado ao mercado de trabalho, direta ou indiretamente. Em geral são moradores de rua, com problemas psíquicos ou de vício em drogas e álcool; ou pessoas que por alguma outra razão vivem à margem das atividades econômicas, às vezes fazendo dessa condição um meio de vida eficiente para sobreviver! Assim, é fácil jornalistas mal intencionados montarem vídeos dessa miséria humana na luta diária de catar lixo ou buscar sobras de comida em lixões de restaurantes e supermercados e depois alardearem nos telejornais e jornais que a miséria se espalha pelo Brasil!
Assisti a um vídeo no qual o repórter se escandalizava com indivíduos resgatando peças de carne descartadas de um frigorífico; outro no qual no interior da Bahia pessoas pobres diziam passar fome. Mas, algo me intrigava, ninguém era magérrimo como um africano da Etiópia ou da Somália, ou como um retirante das secas do Nordeste, aí sim sofredores com fome crônica!
Uma amiga enfermeira, carioca, nos anos 90 trabalhou na região do Delta do Parnaíba por um programa federal de interiorização da saúde. Ela confessou que tomou susto enorme com os resultados de campo, pois esperava encontrar quadro desalentador de fome. Sim, ela encontrou problemas, mas não de carência alimentar (fome) e sim de nutrição inadequada, por excesso de alguns tipos de alimento e ausência de outros, não que estes últimos não existissem na região, no entanto não faziam parte da sua tradicional “cultura alimentar”! Tome um café ou um refresco (não suco!) nos mercados e feiras do Delta e notem o teor de açúcar; vocês entenderão o susto da minha amiga!
Portanto, quando se propagandeia que no Brasil existem milhões de pessoas passando fome é mentira! Da mesma raiz daquela em que Lula reconhece, cinicamente, em vídeo famoso no You Tube, que saia mentindo e falando mal do Brasil no exterior nos anos 80 e 90 afirmando que havia milhões de pessoas com fome pelas ruas do país.
Agora, quando a vacinação já está a todo vapor, e a população adulta em menos de hum ano quase toda imunizada os sinais de recuperação econômica contrariam frontalmente o cenário macabro das TVs e jornais. Mais uma vez: falo como professor e pesquisador universitário que habita e “percorre” (vou aos mercados e feiras; bares e restaurantes; converso com as pessoas do povo; rodo pelos bairros) as cidades do Litoral do Piauí e Delta do Parnaíba!
Olhem para a construção civil e tentem buscar profissionais da área; pedreiros e ajudantes gabaritados estão com agendas cheias. Por onde se anda na região se encontram habitações ou prédios de empresas sendo erguidos ou reformados. Várias lojas de material de construção, grandes e pequenas, se estabeleceram desde 2019.
Vão aos sábados e domingos nos mercados, de madrugada ou cedo da manhã, e vejam os ônibus de turismo (antigamente excursão!) chegando das cidades circunvizinhas de Parnaíba, ou vindas do Ceará e do Maranhão, para tomar café, comprar mantimentos e bebidas e depois rumar para as praias.
Percebam o movimento de aviões no aeroporto de Parnaíba desde o fim de novembro; a lotação dos hotéis e pousadas nas cidades do Litoral (Parnaíba, Luis Correia e Cajueiro da Praia) e do Delta (Tutóia até Paulino Neves). Passagens de ônibus na linha regular Teresina/Parnaíba estão esgotadas para o Reveillon, quando se colocam extras lotam rapidamente.
O IBGE, utilizando metodologia de medida de emprego/desemprego ultrapassada, que procura identificar empregos com carteira-assinada, quem está desempregado e procura empregos (Como saber que quem procura emprego formal não tem renda informal?! Quem tem renda informal é considerado desocupado?!) para caracterizar o mercado de trabalho ostensivamente aponta para índices elevados de desemprego. Mais uma vez, não confio nessa metodologia antiquada e ideologicamente motivada, que sempre bota para baixo as expectativas de recuperação do mercado!
Acredito no conceito de renda! Salário é aquilo que o indivíduo leva para casa no final do mês, independe de carteira-assinada ou não! Pagas as contas permanentes (água, luz, educação, etc.) e resguardada parcela para uma reseva previdenciária (em geral pública no Brasil) o que sobra é consumo! Assim, pelas observações descritas dessa região considerada pobre (imaginem naquelas reconhecidamente ricas!), a pesquisa dos meus olhos indica aceleração econômica pujante da economia, com aquecimento forte da renda, para o desprazer dos esquerdistas e dos seus comparsas da imprensa!
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