30 de jul. de 2019

No Piauí, a saúde não tem pressa!

No Piauí, a saúde não tem pressa. É o que atesta o Governo do Estado quando, somente ao final de sete meses de seu novo mandato, anuncia a nomeação dos novos diretores dos hospitais da rede estadual de saúde.
O anúncio foi feito na sexta-feira passada pelo secretário de Saúde, Florentino Neto.
Não se pode nem alegar que o governo chegou a essa dificuldade para a escolha dos diretores dos hospitais em função da gigantesca aliança política e partidária que fez para se reeleger.
Desde a sua posse, o governador Wellington Dias deixou bem claro para os correligionários e aliados que a direção dos hospitais do Estado era inegociável.
Ou seja, apenas técnicos escolhidos pelo próprio governo assumiriam a direção dos hospitais.
Não resta dúvida de que se trata de um bom, aliás, um ótimo critério. Quanto menos interferência dos políticos na gestão dos hospitais, melhor.
Mas por que, então, tanta demora para escolher técnicos para a direção dos hospitais?
Raios-X da saúde
A demora do governo apenas agravou a situação do quadro da saúde pública no Piauí. Quase todos os hospitais enfrentam dificuldades, relacionadas especialmente com a falta de equipamentos e insumos.
As entidades médicas já denunciaram por várias vezes a situação. Já fizeram interdição ética de hospitais e até realizaram paralisações para chamar a atenção do governo e cobrar solução para o problema. Sem maiores resultados.
O próprio governo lançou outro dado, no final de semana, que ilustra a sua incapacidade ou o seu descompromisso com a saúde: o Hospital Getúlio Vargas (HGV) encerrou, no sábado (27), a programação de mutirões cirúrgicos do mês de julho.
A ação que teve por objetivo beneficiar 36 pacientes: cinco em ginecologia, 11 em cirurgia geral e 20 em otorrinolaringologia, dos quais 17 são crianças e três adultos.
Ora, o HGV é um hospital gigantesco, o maior do Estado, e apresenta uma quantidade irrisória de procedimentos para sua imensa capacidade técnica.
Além do mais, quando se faz mutirão, em qualquer área, é simplesmente porque o dever de casa não foi feito.
Por Zózimo Tavares/Cidadeverde.com

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