1 de mai. de 2019

Dengue, chikungunya e zika podem gerar surtos em quase 1 000 municípios

O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 indica que 994 municípios brasileiros apresentam alto índice de infestação do mosquito, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya. Os resultados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (30).
© Miguel Schincariol O mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue – 26/10/2016

Ao todo, 5.214 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças. Os locais com risco de surto representam 20% do total. O levantamento identificou ainda a porcentagem de imóveis com a presença do mosquito nos municípios. Os resultados mostraram que 2.160 cidades apresentaram índice de infestação predial (IPP) entre 1% e 3,9%.
Os dados reforçam a importância do combate ao transmissor. “Esses resultados indicam que é preciso fortalecer ainda mais as ações de combate ao mosquito transmissor, com a participação da população e de todos os gestores locais e federal”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber.

Dengue

Entre as arboviroses – dengue, zika e chukungunya -, a dengue é a que mais preocupa o Ministério da Saúde. A incidência dos casos de da doença aumentou 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o último boletim, até o dia 13 de abril, foram notificados 451.685 casos prováveis de dengue e 123 mortes foram confirmadas – 186,3% mais do que no mesmo período de 2018. A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 216,6 casos/100 mil habitantes. 
Os Estados em situação mais preocupante, por apresentarem alta incidência da doença – maior que 100 casos por 100.000 habitantes – são: Tocantins (799,2 casos/100 mil hab.), Mato Grosso do Sul (697,9 casos/100 mil hab.), Goiás (630,8 casos/100 mil hab.), Minas Gerais (585,3 casos/100 mil hab.), Acre (514,6casos/100 mil hab.), Espírito Santo (406,9 casos/100 mil hab.), São Paulo (349,1 casos/100 mil hab.), Distrito Federal (302,7 casos/100 mil hab.), Paraná (138,8 casos/100 mil hab.) e Mato Grosso (100,5 casos/100 mil hab.)
Apesar disso, Wanderson Kleber, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde afirmou que o Brasil “não está em situação de epidemia, embora possa haver epidemias localizadas em alguns municípios e estados”. Continua...

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