1 de mar. de 2019

Conheça o menino que viajou 550 km na roda de ônibus para ir à Basílica de Aparecida

Uma história de amor e fé cerca a vida de Jeferson Aparecido de Amorim, que hoje está com 20 anos. Ele relembra, com emoção, a sua história e todo o trajeto que ele fez para chegar até a cidade de Aparecida, no Santuário Nacional. Ele é conhecido até hoje como o menino da roda.

Sem que ninguém notasse, muito menos seus pais, em outubro de 2009, o menino pegou uma ‘carona’ com um grupo de romeiros que estavam partindo da cidade de Sales (SP) rumo ao Santuário Nacional de Aparecida. Seria uma viagem como outra qualquer, salvo o fato de ele ter se escondido embaixo do ônibus.
Ele viajou por nove horas, um trajeto de cerca de 550 quilômetros, em um espaço apertado entre a roda e o tanque de combustível do veículo. Ele fez tudo isso para fazer um pedido aparentemente simples, mas que mudaria muito a vida de sua família.
Abaixo você pode ver como ele está hoje.

“Fiz uma promessa para meus pais pararem de brigar, mas como a minha família não tinha dinheiro para me levar até Aparecida, falei para minha mãe que ia me despedir de algumas pessoas da excursão e resolvi ir junto. Se eu pedisse, não iam deixar acompanhar porque era criança. Pensei no bagageiro, mas tive medo de morrer sufocado. Foi então que decidi viajar entre as rodas e não tive medo algum. Só Deus e Nossa Senhora sabiam que estava lá”, disse o menino em uma entrevista concedida ao G1.
Quando notaram que ele sumiu, a família acionou o Conselho Tutelar, inclusive o motorista chamou pelo menino e ele não respondeu. A viagem continuou normalmente até Aparecida. Ele conta que esperou o ônibus ser estacionado na garagem e só então decidiu descer. Como ele estava completamente sujo ele decidiu não entrar na igreja.
Ele encontrou algumas pessoas no Morro do Cruzeiro e lá foi oferecida ajuda a ele. Depois de comer e tomar um banho ele foi até o Santuário para pagar a sua promessa.
Assisa abaixo a reportagem exibida pelo Fantástico.

A mãe do menino estava muito preocupada com o sumiço do filho, ela disse que se ajoelhou, acendeu uma vela e pediu para que Nossa Senhora a ajudasse. Em meia hora ela recebeu uma ligação dizendo que ele estava bem, terminando a sua angústia de dois dias.
Em agradecimento, a família visita o Santuário pelo menos três vezes durante o ano. Ele diz que todo o esforço valeu a pena, mas que não viaja mais escondido. Ele se tornou missionário, quer lançar um livro contando a sua história de fé e quer se tornar padre.

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