1 de set. de 2018

Mudança de regras eleva preço de energia para novos projetos eólicos

Resultado de imagem para Mudança de regras eleva preço de energia para novos projetos eólicosO leilão de energia realizado nesta sexta-feira (31) contratou 2,1 GW (gigawatts) de potência em novas usinas geradoras, que deverão ser entreguem em um prazo de até seis anos.
Serão investidos R$ 7,684 bilhões para construir os projetos, com contratos que somam R$ 23,67 bilhões, com prazos de 20 a 30 anos.
O destaque da concorrência foi a fonte eólica, que contratou 53% da garantia física total e obteve um desconto no preço inicial de 60,15%, a um preço de R$ 90,45 por megawatt-hora.
No último leilão, realizado em abril, as usinas eólicas haviam chegado a um recorde R$ 67,60. O aumento de preço já era esperado, devido a mudanças na forma de contratação dos projetos, que passaram a ter um risco maior para os empreendedores.
Também foram contratados projetos de usinas hidrelétricas, que tiveram um deságio de 37,4%, e termelétricas, com desconto de 41,6%.
O volume de contratação é definida pelas distribuidoras, que traçam projeções do quanto o consumo vai subir nos próximos anos. A demanda ficou dentro do esperado pelo mercado, que projetava uma alta em relação ao último leilão, porém modesta, devido à retomada lenta da economia.
O certame sofreu um atraso de seis horas, após uma decisão liminar da Justiça do Rio de Janeiro paralisar a concorrência –para a qual se inscreveram 1.090 projetos, com 59 GW de potência instalada, em 21 estados.
A liminar foi resultado de uma disputa entre uma das concorrentes, a Evolution Power Partners, e a estatal EPE (Empresa de Pesquisa Energética) sobre habilitação de uma usina térmica para disputar o leilão.
A decisão foi derrubada pela AGU (Advocacia-Geral da União) no STJ (Superior Tribunal de Justiça) à tarde. O leilão traz novidades na contratação das usinas de energia eólica e das térmicas.
No caso da energia eólica, a mudança é na forma de contratação, que passará a trazer mais risco aos investidores, o que deverá resultar em um preço mais alto -após a fonte bater recordes de barateamento, no último leilão. Até agora, os projetos eram contratados por disponibilidade, ou seja, as usinas se comprometiam a gerar uma quantidade de energia por ano e não precisavam arcar com o risco de a geração ficar abaixo do esperado em determinado mês.
Com o novo contrato, haverá mais risco: se em um determinado mês os ventos forem mais fracos que o projetado, o empreendedor terá que compensar a diferença, comprando energia no mercado de curto prazo, a preços mais altos.
"Em tese, vai subir o preço, mas talvez ele não seja tão afetado neste leilão porque a competição ainda é acirrada", afirmou Elbia Gannoum, presidente da Abeeolica (associação da indústria eólica).
Foram inscritos no certame o equivalente a 27 GW de potência, mas a expectativa do setor é que a demanda pela fonte seja de 1 GW. No leilão de abril, os projetos eólicos tiveram desconto no preço inicial de mais de 70%, com preço recorde de R$ 67,60.
Para Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, os preços serão maiores que no último leilão e acompanham um movimento do governo de retirar subsídios do setor elétrico.
(Blog do Pessoa com informações do FolhaPress)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente essa postagem

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.