30 de mai. de 2018

Empresário denuncia propina no Piauí

Empresários e políticos após reunião na Fecomércio
Uma bomba foi lançada na segunda-feira, em Teresina, em uma reunião de representantes de diversos setores da classe empresarial do Piauí com lideranças políticas.
O encontro foi realizado na sede da Fecomércio e contou com a presença do senador Ciro Nogueira, da vice-governadora Margarete Coelho, do deputado federal Júlio César, do ex-governador Zé Filho e de outras lideranças políticas e empresariais, como o próprio presidente da Fecomércio, Valdeci Cavalcante.
Em sua fala, o presidente da Associação Piauiense de Construtores de Obras Públicas do Piauí, empresário Artur Feitosa, fez desabafos e críticas ao governo. E foi mais longe: ele denunciou que, além da burocracia e do atraso nos pagamentos das empresas, existe ainda a propina no caminho dos empresários.
Artur Feitosa denunciou, textualmente, (…)  A burocracia é um negócio terrível. A propina que precisamos pagar até para os porteiros das secretarias do Estado, isso tem que acabar, porque isso acaba com as empresas, especialmente as pequenas. (…)”
Repercussão
A denúncia já é pública e corre nas redes sociais em vídeo postado em vários grupos e começa a ganhar repercussão nacional. Ontem, o vídeo foi postado no site O Antagonista, de Diogo Mainard.
Ontem também, o promotor de Justiça Fernando Santos, responsável pela Promotoria de Patrimônio Público do Ministério Público Estadual, informou que abrirá dois inquéritos para apurar a fala do empresário, um civil público e outro penal.  
Encontro de empresários com políticos, na Fecomércio
Distorção
O empresário Artur Feitosa mandou-me ontem, via WhatsApp, uma mensagem afirmando que suas palavras na sede da Fecomércio foram distorcidas:
“Ha uma distorção na interpretação de minhas palavras. Me referi a burocracia draconiana. Para nossos processos andarem, os funcionários pedem toda sorte de coisas. Lanche, rifas, lista para ajudar alguém doente, passagem de ônibus, etc. Aí, ou nos submetemos ou os processos simplesmente não andam. Se não corremos atrás, o governo esquece que está devendo e simplesmente não paga. Esse foi o motivo da minha fala.”

Por Zózimo Tavares 

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