Pouca gente tem se dado conta sobre um fato interessante no processo de julgamento da chapa Dilma-Temer, que será retomado na próxima semana, no Tribunal Superior Eleitoral. Quase todos jogam nas mãos do TSE a sorte do presidente Michel Temer.
Das quatro saídas apontadas para a crise, a mais viável, na avaliação da oposição de hoje, seria a cassação da chapa vitoriosa na eleição presidencial de 2014.
As outras três alternativas para despejar Temer no Planalto seriam: 1) a renúncia, já reiteradamente descartada pelo presidente; 2) o impeachment, que leva muito tempo; e 3) o afastamento mediante processo criminal, no Supremo Tribunal Federal, que leva mais tempo ainda.
O que quase ninguém tem percebido é que o PT, na fúria de derrubar Michel Temer e na ânsia de tentar reentronizar o ex-presidente Lula no poder, lavou as mãos com a sorte da ex-presidente Dilma. Se a chapa Dilma-Temer for cassada, efetivamente, a ex-presidente também será penalizada da mesma forma que o presidente.
A diferença entre a situação do presidente e a dela é apenas a de que não perderá mais o cargo, do qual já foi apeada pelo impeachment, em maio do ano passado. Ela pessoalmente, não desistiu do sonho de voltar ao Planalto. Seu último recurso contra o impeachment foi apresentado na semana passada, no STF.
Mas, pelo visto, o PT está pouco preocupado com a luta solitária e o destino de Dilma, por quem brigava até pouco tempo. A ex-presidente já é, como ela mesma chegou a vaticinar, uma carta fora do baralho, sendo abandonada às feras.
É o jeito petista de ser solidário.
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