31 de dez. de 2016

TRANSIÇÃO – VEM AÍ O ANO NOVO!


Por:Benedito Gomes(*)

Estou aqui somente há um ano, e já estou pronto para voltar. Lá no inicio, quando alguém teve a ideia de fatiar o tempo, dividindo-o em períodos, chamou o menor de segundo e o maior de milênio. Convencionou que o dia primeiro de janeiro seria o dia de Ano quando então começava um novo Novo, período de trezentos e sessenta e cinco dias.
Desembarquei no planeta terra na noite de trinta e um de dezembro de 2015. Os comentários por todos os lados é que o Natal tinha sido excelente, falavam da generosidade do Papai Noel, das confraternizações em família, dos amigos secretos e todos diziam a uma só voz: melhor vai ser o ano novo.
Entrou janeiro, expectativa geral. Em alguns países do mundo a situação era dificílima. No oriente a guerra civil devastava tudo, a Europa tinha dificuldade para receber milhões de refugiados; Na América do Sul, o grande país chamado Brasil, estava envolvido no maior escândalo de corrupção da história da humanidade. O Brasil talvez seja o único país onde o Presidente do Senado responde a dez processos, aliás, grande numero de Senadores e Deputados Federais respondem processo na justiça e continuam com seus mandatos intactos.
Vi de perto o fenômeno da seca do Nordeste e pude observar que os milhares de gestores da região nada fazem para combatê-la. Dediquei grande parte ao Brasil, onde vi um dos maiores produtores de petróleo do mundo ter também a gasolina mais cara. Vi redes de supermercados com dez lojas ou mais, com novecentos a mil funcionários; Vi prefeitura de pequeno porte, ter em sua folha de pagamento mais de três mil pessoas recebendo salário, simplesmente desvio de dinheiro da educação, da saúde e de outros benefícios que poderiam servir à população. Vi também que algumas pessoas que querem produzir precisam pedir autorização a quem nada produz.
Vi pessoas físicas e jurídicas pagarem milhões de reais em IPTU, ITBI, INSS, ICMS, PIS, CONFINS, CID, IPVA, IMPOSTO DE RENDA, taxas de várias espécies; Vi repartições atendendo mal, vi profissionais bem pagos para trabalharem vinte horas por semana e às vezes nem aparecem no local de trabalho.
Não falarei mais de assuntos terrestres porque o período é pequeno para uma cobertura mundial que me foi designada por um ser superior. Acredito que neste ano eu fui o nome mais pronunciado no mundo! Imagine você que, numa população de sete bilhões de pessoas, se em média fui citado cinquenta vezes por cada uma isso quer dizer que trilhões de vezes meu nome foi lembrado. Fora os bilhões que foram escritos.
Neste final de semana farei a transição: sem mágoa, sem correria, sem demissões e sem ajustes, tão somente com muita festa, pois dois mil e dezessete está chegando. Agradeço a vocês tudo de bom que fizeram juntos, comigo. A partir de domingo me chamarão "Ano Passado". Mas, no momento, a administração ainda é minha. “ EU SOU DOIS MIL E DEZESSEIS”.

(*))Bendito Gomes
Contador UFPI

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