28 de nov. de 2016

As práticas da ADUFPI não nos representam.


Em reposta a nota de repúdio da ADUFPI, segue algumas considerações:

O movimento UFPI Livre é legitimo e formado por um grupo com mais de 300 alunos, número superior a qualquer outro movimento dentro da instituição (CMRV). Esse grupo representa a manifestação da comunidade que é contrária a “greve” neste momento, como mecanismo de combate a implementação da PEC 55. Nosso movimento é democrático e não é uma exigência ser contrário ou a favor da PEC 55 e reconhecemos que existem outras formas de lutas, mais eficientes e menos cômodas aos docentes e incentivamos muitas outras, principalmente as que necessitam de corpo presente para discutir tais assuntos. Em nenhum momento este grupo agrediu qualquer outro movimento e se existiu alguma ação que pareceu enfrentamento, foi somente uma reação a ataques causados principalmente pelo movimento Tenda da Resistência, que também é legítimo e respeitoso a partir do momento que aprender a tratar de forma respeitosa os que pensam diferente. O que está posto, é que esse movimento Tenda da resistência e também agora ADUFPI, parecem não saber lidar com ideias contrárias a suas ideias e uma prova disso é que em nenhum momento ninguém da ADUFPI procurou esse grupo para discutir ou até mesmo tentar entender as discordâncias e ameniza-las, como uma forma ética e democrática ouvindo assim também a opinião do outro lado. A ADUFPI esclarece em sua nota que nosso movimento agiu baseado em boatos de que o movimento Tenda da resistência fecharia totalmente os portões do campus, mesma qualidade de boatos que a inspirou a construir uma nota de repudio unilateral, embasada por meia dúzia de professores que não conseguem distinguir as diferenças. Ignorar um grupo que representa mais de 300 pessoas que se organizam em assembleias presenciais pacíficas, pautadas na discussão, é colocar interesses claramente políticos de forma cega em detrimento de um movimento legitimo.  A carta também cita supostas movimentações que excitam a violência entre os alunos, de fato, existiram episódios isolados de alguns membros da comunidade de ambas as partes que deixaram ambíguas algumas declarações, podendo sim serem interpretadas como negativas, no entanto a carta não informa que após uma conversa entre os grupos, pelo lado do movimento UFPI livre, existiu um pedido de desculpas e retratação daquilo que ficou mal entendido, pois é dessa forma que almejamos alcançar legitimidade e confiança, fato que não ocorreu no outro movimento. O que fica claro é que a ADUFPI se utilizou de um episódio já resolvido e por pressão de alguns de seus associados para instigar o debate negativo entre os grupos, de forma unilateral antiética se utilizando de um fato já resolvido. Também queremos deixar claro, que professores da tenda da resistência se prestam em atrepar-se em bancos para arrancar cartazes de manifestações públicas; mostrando assim o nível com que reagem a ideias contrarias e poderíamos expor em blogs sensacionalistas essas imagens, mas como estudantes, queremos construir um movimento à altura do que representamos para sociedade. Queremos debate, discussão e não nos escondermos atrás de textos ou de movimentos infantis.
É importante deixar claro que nosso grupo reconhece a greve como um instrumento legítimo de luta e que por muitos anos conseguiu conquistar muitos direitos, porém desclassificamos o movimento local desejado pelos nossos DOCENTES, “greve”, uma vez que já é sabido e conhecido deste campus, que após a deflagração de uma greve, 90% dos professores defensores da mesma, abandonam seu local de trabalho e viajam para cumprimento de interesses particulares. Ação essa que repudiamos e reafirmamos: GREVE NÃO É FÉRIAS.
Quanto as acusações de desmoralização que cita a nota, não podemos controlar os ânimos de todos os nossos integrantes, da mesma forma que somos acusados de fascistas por integrantes do movimento Tenda da Resistência, temos maturidade suficiente para entender que esses dissabores podem ocorrer, porém, o que nos assusta é uma entidade como a ADUFPI, de forma irresponsável, unilateral e antiética, se colocar contra um movimento de representação legítima, revivendo conflitos já discutidos, incentivando o  dissabor entre os movimentos e rejeitando com autoritarismo qualquer movimento que se coloque contra a greve política incentivada por ela. No dia 16/11 a própria ADUFPI organizou uma assembleia precedida por um debate, em que estiveram presentes os dois grupos e opiniões foram debatidas. A assembleia ocorreu respeitosamente, sem o referido ânimo que tenta transmitir a nota. Senhores diretores da ADUFPI, pedimos mais responsabilidade e ética em suas colações, mantendo minimamente o direito de ampla defesa, lembrando em que outros carnavais lutamos juntos por movimentos grevistas, com a decepcionante forma com que os docentes conduziram as últimas greves, nós estudantes e alguns professores, resolvemos desta vez optar por outras formas e por se colocar contra essa sua manifestação. Por favor nos respeitem e venham debater conosco, estamos aqui para ouvir seus pontos de vista e mostrarmos o nosso. Não esqueçam que a universidade é um ambiente plural e que o importante é que o respeito seja mantido, principalmente pela classe que representa os professores dessa instituição.
Aproveitamos para convidar toda a comunidade, principalmente de outros campi para agregar a nossa luta.

Não a Greve Política da ADUFPI.
Sim a novas formas de lutas;
Sim ao direito de se manifestar;
Sim ao direito de ir e vir;
Sim ao direito de assistir aula.




Movimento UFPI Livre.

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