31 de ago. de 2016

Sexo, álcool e drogas entre adolescentes

Em mais um levantamento da  Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizado pelo IBGE em 2015, dois pontos chamam a atenção pelas consequências negativas que podem trazer para a vida dos adolescentes brasileiros. Eles tratam do consumo de álcool e drogas ilícitas e do sexo sem proteção. A pesquisa é feita com alunos do 9° ano do ensino fundamental, portanto, adolescentes na faixa de 14 a 16 anos.
Entre os jovens pesquisados, mais da metade(  55,5% ) já haviam consumido bebida alcoólica, pelo menos, uma vez. E com um detalhe peculiar: a maioria dos que responderam já ter experimentado álcool é do sexo feminino. Com relação ao consumo de drogas ilícitas, o percentual de consumo é de 9%. Em 2012, quando foi realizada a última pesquisa, esse índice era  de 7,3%. Ou seja, em vez de diminuir, o consumo de drogas está crescendo entre os estudantes.
A pesquisa mostra ainda que a iniciação sexual está começando cedo. 27,5% dos jovens pesquisados já tinham tido sua primeira relação sexual, e com um agravante: desses, 39% não usaram preservativo na primeira relação e 33,8% não o utilizaram na última vez.
A primeira leitura que se faz dos dados do PeNSE é que as orientações não estão chegando aos jovens ou não estão chegando na forma como deveriam, com capacidade para provocar mudança de comportamento em busca de uma vida mais saudável. Os efeitos  prejudiciais do álcool e das drogas ilícitas no organismo são comprovados cientificamente. Quanto mais cedo as pessoas iniciam o consumo desses produtos, mais chances têm de se tornar dependentes, comprometendo o  seu futuro.
Por outro lado, a iniciação sexual precoce, e sem o uso de preservativos, aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS, bem como o de uma gravidez indesejada, em um momento da vida em que ainda não há maturidade suficiente para criar um filho. Isso sem falar na interrupção dos estudos, prejudicando os desempenhos escolar e profissional futuros.
A educação para a vida precisa ser revista e questionada, tanto em casa, como na escola. O simples repasse formal de informações não está convencendo os jovens a assumirem um comportamento responsável. O diálogo aberto e franco com pais e professores ainda é o melhor caminho para que esses adolescentes passem a cuidar da própria vida desde cedo, assumindo responsabilidades por suas escolhas.

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