28 de jun. de 2016

Opinião: ENSINO DO PIAUI: VERDADE OU MENTIRA?



Ao falar de ensino, e o assunto aqui é voltado para as escolas do Piauí, em que algumas por se acharem autossuficientes ainda não pararam para se avaliarem e procurarem saber por que o rendimento dos seus alunos não cresce nas salas de aulas. A partir do momento em que um professor ou professora não atinge pelos menos a metade de uma turma no índice de aprovação, é hora de dá uma parada é perguntar: ONDE FALHEI? E não somente jogar a culpa nos alunos. Sabemos que o agente passivo em uma sala de aula é o aluno, o qual sai de sua casa na busca de conhecimentos, de algo que lhe motive, de algo lhe faça não
ficar disperso no ambiente. A nossa mente não pode ser mecanizada, é fundamental que o pensamento seja fortalecido com o novo. Muitas vezes, nós pais, somos obrigados a tratar nossos filhos com tirania obrigando-os a se moldarem naquilo que já está em decadência. Essa geração tecnológica não pode viver presa ao modelo de educação do século XX, em que o professor monopolizava a sala de aula. Surgiu algo já considerado relevante no processo de aprendizagem como: computador, livros digitais, jogos interativos, tablets, notebook, etc. que seduzem nossos filhos e até nós pais, professores, gestores e a sociedade como um todo. Mas, nós pais, por pura manipulação achamos que é o pivô das inúmeras notas baixas do boletim escolar é o uso da tecnologia usada por nossos filhos. Não dá para entender a incapacidade de muitas escolas não compreenderem a realidade dos jovens e motiva-los para o aprendizado através das ferramentas digitais. Isso tem uma resposta: nos falta coragem de admitir a dificuldade em se construir a travessia entre o ONTEM e o HOJE. E o pior, professores da geração digital são obrigados a concordarem e aceitarem o ultrapassado, lhes faltam coragem de quebrar paradigmas e revolucionar o ensino. O ensino precisa ser inovado e para isso requer coragem dos professores, dos pais para mudar velhas atitudes, dando lugar a aulas mais participativas, que o aluno seja ouvido e haja interação entre ambos, de maneira que os alunos se sintam seduzidos pela matéria. As escolas querem preparar alunos para o Século XXI, com estrutura do Século XIX. O local de aprendizagem não deve ser somente a sala de aula em que somente a voz de um prevalece. As escolas vivem um conto da carochinha: aulas de química, biologia, geometria é a mesmice, laboratórios só de faz de conta, mas tem um detalhe: as provas seguem o modelo ENEM. Até quando vamos vivenciar essa realidade? E a culpa não é do professor, ele também é um agente passivo nessa situação. Como dizia Paulo Freire, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção. Pais, mães, nós também estamos sendo agentes passivos dessa situação.

Lourdes O. Santos
Economista e empresária

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