2 de abr. de 2016

SAÚDE NA UTI - Grave crise financeira na Sesapi deixa o Heda sem realizar vários procedimentos

Sem receber o repasse na forma habitual e com redução de cirurgias eletivas e acompanhamento de pacientes, a situação do Hospital Dirceu ficou insustentável.
hospital dirceu em parnaiba
Hospital Estadual Dirceu Arcoverde em Parnaíba passa por grave crise e paralisa atendimentos.
A situação do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, o maior hospital da região norte do Estado do Piauí e que atende além de Parnaíba inúmeras cidades do Piauí, Ceará e Maranhão se agrava a cada dia. Segundo informações colhidas pelo Jornal da Parnaíba, a Secretaria de Saúde do Piauí – SESAPI que passa por uma recessão financeira, enviou comunicado suspendendo as cirurgias eletivas. No momento só estão sendo realizadas algumas cirurgias de emergência. Também foi suspenso o acompanhamento médico e retorno dos pacientes que passaram por cirurgia.
Entenda o caso: Um paciente que fez cirurgia emergencial não recebe mais o acompanhamento do cirurgião que fez a operação e após receber alta médica não tem mais direito ao retorno, obrigando o paciente a recorrer a um médico particular ou ao Sistema Único de Saúde (SUS) que normalmente não tem vaga para imediato. Acrecente-se a isso o fato de que a quase totalidade dos médios do Heda não atendem pelo SUS, portanto o paciente será atendido por um médico que não acompanhou o paciente desde o início.
O procedimento anterior a esta medida funcionava da seguinte forma: O paciente era operado, recebia o acompanhamento pelo mesmo cirurgião e quando tinha alta do hospital já levava para casa as datas de retorno que obrigatoriamente coincidiam com as datas do plantão do mesmo cirurgião, isso para que o paciente fosse atendido por um médico que já conhecia o caso. Por questão de justiça, vale ressaltar que este sistema foi implantado quando era diretora geral do Heda a Dr. Clara Leal.

Exemplo de um caso concreto: um paciente chega ao hospital com uma fratura exposta, como trata-se de emergência ele será operado em seguida tem alta medica. O mesmo médico que fez esta cirurgia, anteriormente fazia toda a parte ambulatorial até o paciente ser totalmente liberado. Esse serviço está parado, por ordem da SESAPI.
Outra insatisfação dos médicos do Heda é que a SESAPI está realizando os pagamentos dos valores relativo aos procedimentos médicos muito abaixo do valor estipulado. Por conta desses problemas os médicos ameaçam parar de vez a partir de segunda-feira.
O Estado, através da Sesapi, deixou de fazer o repasse financeiro para o hospital na forma habitual.
Por José Wilson | Jornal da Parnaíba

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