28 de nov. de 2015

'Era rapidinho', diz pai suspeito de estuprar cinco filhas; tinha de 5 a 14 anos

Após ser preso na quinta-feira (25) por suspeita de estuprar cinco filhas indígenas em uma propriedade rural de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, o agricultor Raimundo de Almeida, de 49 anos, não teria mostrado arrependimento e chegou a considerar “normal” as relações sexuais com as filhas de 5, 6, 10, 12 e 14 anos, disse o delegado de Polícia Civil, Charles Correa, responsável pela prisão e resgate das crianças.

Inicialmente, ele confessou o estupro em duas meninas, mas os exames comprovaram o abuso em todas. “Era rapidinho, não fazia nada não, era rapidinho”, confessou o agricultor à Rede Amazônica no Amapá. Ele permanece preso na delegacia do município e as crianças voltaram para a guarda da mãe, que é da etnia indígena Karipuna, e estão sendo acompanhadas pelo Conselho Tutelar e pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Trabalho forçado
No local, as crianças foram acompanhadas por uma psicóloga, que, além da violência, atestou condições sub-humanas de moradia, identificando nas menores ferimentos e calos nas mãos e pés por causa do trabalho pesado na roça que eram obrigadas a fazer.

“As meninas aparentam bastante traumas com a situação. Estão bem acuadas, chorosas e a psicóloga acompanhou a operação toda”, detalhou o delegado. O suspeito ainda foi preso por porte ilegal de armas ao ser abordado com três espingardas calibre 12 e 14 munições.

Suspeita de aborto
De acordo com a descrição da filha de 14 anos, a polícia suspeita que o agricultor tenha dado um medicamento abortivo a ela após suspeitar de uma gravidez. “Após perceber que ela apresentava sinais de gravidez, como vômito, enjoos, o pai deu para ela supostamente um remédio que seria para verme, mas a gente tem desconfiança que seja um remédio abortivo”, detalhou o delegado.
O suspeito segue preso na delegacia de Oiapoque e aguarda transferência para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Fonte: Com informações do G1
Publicado Por: Fábio Carvalho

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