3 de jul. de 2015

Encher o tanque até a boca aumenta risco de câncer e leucemia em frentistas

Lei que proíbe encher o tanque não existe no Piauí.

Quem pede para encher o tanque de gasolina até a boca, além da trava de segurança, coloca em risco a saúde dos frentistas. Para alertar sobre o grave problema, o presidente da Comissão Especial pelo Cumprimento das Leis da Alerj, deputado Carlos Minc, lançou a campanha #PareNoAutomático, nesta sexta-feira (10/4), realizando a medição da concentração de vapores de benzeno no ar em um posto de combustível Ipiranga, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
A empresa Nakayama – responsável pelo monitoramento de gases – realizou duas medições com um detector que verifica o índice total de hidrocarbonetos. Quando o tanque foi abastecido até o automático, marcou 5 ppm (parte por milhão). Quando preenchido até a boca, 15 ppm – triplicando a concentração de benzeno.
Minc pede para que os motoristas prefiram o álcool – produzido de fonte renovável, a cana de açúcar – é neutro em carbono, melhor para o clima, e não contém benzeno; mas se optar pela gasolina, que não encha o tanque até a boca. E que os postos utilizem a proteção antirrespingo, que evita o contato do combustível com a pele dos frentistas e reduz as emanações de vapores no momento do abastecimento.
Segundo o Programa de Segurança Química das Nações Unidas, a exposição continuada ao benzeno causa leucemia, câncer no fígado e até cegueira. O benzeno é a quinta substância de maior dano à saúde dos frentistas, ameaçando a vida de 20 mil deles em todo o país.
No Brasil, existem leis estaduais que protegem os frentistas, obrigando os postos de gasolina a parar sempre no automático – como a Lei 16333/14, de Santa Catarina, e a Lei 6964/15, do Rio de Janeiro, de autoria do deputado Paulo Ramos.No Piauí a lei não existe, mas seria de grade valia.
Por: Diário de Petrópolis Edição: Blog do Pessoa

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