31 de mai. de 2015

VERGONHA - Seis parnaibanos infectados com calazar duas mortes registradas somente em 2015

Uma criança de apenas 5 anos de idade e um idoso de 70 anos, que residiam no bairro São Vicente de Paula, em Parnaíba, litoral do Piauí, morreram vítimas da leishmaniose visceral, o calazar.


A primeira morte foi registrada em abril a uma criança. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI), a garota foi transferida para o Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela em Teresina, mas não resistiu. Já no segundo caso, o idoso estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Parnaíba e faleceu no último sábado (23/05).


A leishmaniose é uma doença infecciosa e não contagiosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, anemia, inchaço abdominal, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde.


Segundo dados da Secretaria de Saúde de Parnaíba, somente neste ano já foram registrados seis casos da doença, com esses dois óbitos. Em 2014 foram 17 casos ao todo. Ainda de acordo com informações, as últimas ocorrências de morte por calazar na cidade litorânea foram registradas em 2012, quando duas pessoas morreram.


Segundo o diretor da vigilância ambiental de Parnaíba, Mário Lúcio Marinho, a transmissão da doença acontece quando fêmeas de insetos infectados picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem transmitindo o protozoário.


“O centro de zoonoses de Parnaíba tem como ações preventivas, para que possamos conter a manifestação da doença, algumas ações que vão fazer com que esses cães não estejam sendo reservatórios, e que esses mosquitos possam ser eliminados do meio ambiente que estão circulando”, ponderou.

Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde do município, na maioria dos casos as pessoas infectadas procuram ajuda tarde demais. E para quem não quer passar por isso, vai um alerta. “Os moradores têm a responsabilidade de fazer com que seu quintal e casa estejam limpos, de maneira que o mosquito não encontre lugar para se reproduzir”, afirmou Mário Lúcio Marinho.

Fonte: meionorte.com

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