Por:Zózimo Tavares
Calado desde a proclamação do resultado das eleições deste ano, o governador Zé Filho vai romper o silêncio. Não será hoje nem amanhã, mas ele falará. E voltará à cena política subindo o tom, para rebater cada crítica do novo governo à sua gestão. Também criticará as decisões judiciais que criam empecilho para a sua administração.
O governador fará hoje reunião com o seu secretariado e demais auxiliares diretos. Ela seria realizada na terça-feira, mas foi suspensa em função da tragédia ocorrida em Parnaíba, na segunda, envolvendo amigos do governador. Ele foi até sua terra natal no dia seguinte para levar sua solidariedade às famílias enlutadas.
Na reunião de hoje, Zé Filho receberá de sua equipe relatórios setoriais com as realizações de cada pasta e mostrando também a sua situação administrativa e financeira. Daí vai consolidar um relatório-síntese e marcar sua entrevista para a imprensa local possivelmente para a próxima terça-feira.
Uma fonte próxima ao governador informou ontem que ele está profundamente magoado com o novo governo, pelo fato de seus líderes tentarem "a todo momento" desestabilizar a sua gestão, "ora criando dificuldades, concretamente, ora fazendo terrorismo, apregoando um descalabro que não existe".
O governador, segundo essa fonte, abriu as portas e as contas do governo para o seu sucessor, determinando ao secretariado que repassasse para a equipe de transição todas as informações solicitadas. "No entanto, o que se vê é o novo governo fazendo uso indevido e eleitoreiro dos dados, distorcendo-os, como se a campanha eleitoral já não tivesse passado", frisou a fonte.
Zé Filho foi informado de que o governador eleito, senador Wellington Dias (PT), mandou uma carta para cada membro do Confaz solicitando que fosse derrubada a proposta de antecipação do ICMS apresentada pelo Governo do Piauí, com o objetivo de reforçar seu caixa para fazer frente às despesas de fim de ano. Apesar do apelo de Wellington, a proposta foi aprovada.
Por estas e outras, o governador Zé Filho sairá do silêncio a que se recolheu e vai endurecer o discurso com o seu sucessor.
EDIÇÃO:BERNARDOSILVA
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