3 de out. de 2014

"Precisamos saber se é a mesma quadrilha", diz o Procurador Regional Eleitoral Kelston Lages

O procurador regional eleitoral, Kelston Pinheiro Lages, comentou a apreensão de R$ 11mil realizada pela polícia na noite de ontem (02) na cidade de São Raimundo Nonato. Segundo o procurador, o Ministério Público Eleitoral vai investigar a possível presença de uma quadrilha de compra de votos no Piauí. 
Imagem: GP1Sandro e Alexandre foram presos com R$ 11 mil em notas de R$ 50,00(Imagem:GP1)Sandro e Alexandre foram presos com R$ 11 mil em notas de R$ 50,00
Sandro Borges Alves e Alexandre Assunção Lacerda Borges, marido e enteado da candidata a deputada estadual, Flora izabel, foram presos. O dinheiro estava sendo transportado em um carro.

“Contatamos com a Polícia Federal e foi apreendido um montante de 11 mil reais com duas pessoas que ainda estão presas e a Polícia Federal está investigando qual a origem desse dinheiro”, disse o procurador.

Imagem: Reprodução/saraivareporter.comProcurador Kelston Lages(Imagem:Reprodução/saraivareporter.com)Procurador Kelston Lages
Kelston Lages disse que o Ministério Público Eleitoral vai investigar se a prisão de ontem tem relação com o caso dos 180 mil reais encontrados embaixo de um banco de carro, em Barreiras, na Bahia, no último dia 11 de setembro.

“A ideia é fazer com que esses fatos sejam esclarecidos para que a gente possa ter um pleito eleitoral limpo e afastar da vida pública essas pessoas que insistem em fazer campanha abusando do poder político ou econômico.Essa investigação está ocorrendo na Polícia Federal, no primeiro momento, onde estão sendo levantadas todas as informações, inclusive levantando a identidade dessas pessoas. Eles se mantém da mesma forma, da mesma postura daquelas pessoas que foram detidas lá em Barreiras, que também se calaram, e precisamos saber se é a mesma quadrilha, se é uma quadrilha, se não é, se essas pessoas têm alguma relação, então são fatos que a Polícia Federal e o Ministério Público querem esclarecer”, disse o procurador.

Kelston Lages criticou o fato dos homens não comentarem nada sobre o assunto.

“Eles se reservaram ao direito de ficar calados, o que a meu ver é demonstração de que não estavam fazendo coisa certa porque a meu ver quem faz coisa certa não fica calado. Eram cédulas de 50 reais, típicas de quem quer comprar voto e a população precisa participar e denunciar ao Ministério Público, à Polícia Federal, à Polícia Civil, e esses fatos precisam ser esclarecidos e afastar da vida pública essas pessoas que abusam do poder político e econômico”, destacou o procurador.

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