Com
passo apressado, o governador Wilson Martins, aproveitando-se de um momento de
fragilidade física vivido por seu vice, no final do ano passado, simplesmente
descartou Antônio José de Moraes Souza Filho, o Zé Filho, do jogo eleitoral.
Tirou-lhe a legítima possibilidade de uma candidatura a governador do Estado.
Fez mais. Colocou o vice-governador numa saia justa ao apresentar o deputado federal Marcelo Castro, presidente do Diretório Regional do PMDB, como seu pré-candidato oficial. Isso, mesmo havendo sinais de que o desempenho eleitoral de Zé Filho seria melhor do que o de Marcelo Castro.
Zé Filho silenciou. Acompanhou a dança de seus aliados-algozes. Naquele momento, abriam-se duas feridas: a de sua perna, e a de seu coração. Uma cicatrizou, a outra ainda está aberta. É preciso lembrar que durante todo o seu mandato, Wilson Martins tratou Zé Filho de maneira fria e distante, legando ao vice um papel de ostracismo institucional.
Sem verbas na vice-governadoria, sem espaço na imprensa, Zé Filho se manteve altruisticamente calado, num sofrimento solitário. Ao ter seu nome cerceado por Wilson, Zé Filho se resignou novamente. Sendo apenas vice-governador, aceitou todas as imposições do governador e do PMDB, em silêncio, num claro movimento de xadrez onde, para proteger o rei, sacrifica-se os peões.
Agora, o jogo mudou. E o cavalo selado passa na frente do governador. Desde o dia cinco de abril, Zé Filho tem em suas mãos o destino administrativo, político e eleitoral do Estado. Deixou de ser comandado para ser comandante de um processo, que, dependendo da posição e das alianças que fizer, pode mudar a constituição política piauiense.
A imprensa pró-Marcelo tratou de reverberar a palavra traição, numa ameaça de atribuir o adjetivo a Zé Filho, caso decida por sua pré-candidatura. Na verdade Zé Filho nada mais fará do que “dar a volta por cima”.
Fez mais. Colocou o vice-governador numa saia justa ao apresentar o deputado federal Marcelo Castro, presidente do Diretório Regional do PMDB, como seu pré-candidato oficial. Isso, mesmo havendo sinais de que o desempenho eleitoral de Zé Filho seria melhor do que o de Marcelo Castro.
Zé Filho silenciou. Acompanhou a dança de seus aliados-algozes. Naquele momento, abriam-se duas feridas: a de sua perna, e a de seu coração. Uma cicatrizou, a outra ainda está aberta. É preciso lembrar que durante todo o seu mandato, Wilson Martins tratou Zé Filho de maneira fria e distante, legando ao vice um papel de ostracismo institucional.
Sem verbas na vice-governadoria, sem espaço na imprensa, Zé Filho se manteve altruisticamente calado, num sofrimento solitário. Ao ter seu nome cerceado por Wilson, Zé Filho se resignou novamente. Sendo apenas vice-governador, aceitou todas as imposições do governador e do PMDB, em silêncio, num claro movimento de xadrez onde, para proteger o rei, sacrifica-se os peões.
Agora, o jogo mudou. E o cavalo selado passa na frente do governador. Desde o dia cinco de abril, Zé Filho tem em suas mãos o destino administrativo, político e eleitoral do Estado. Deixou de ser comandado para ser comandante de um processo, que, dependendo da posição e das alianças que fizer, pode mudar a constituição política piauiense.
A imprensa pró-Marcelo tratou de reverberar a palavra traição, numa ameaça de atribuir o adjetivo a Zé Filho, caso decida por sua pré-candidatura. Na verdade Zé Filho nada mais fará do que “dar a volta por cima”.
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