1 de mar. de 2014

Zonas leste e sul necessitam de um hospital e de um mercado

Já faz muito tempo que venho insistindo na necessidade dos prefeitos e vereadores de Parnaíba dispensarem suas atenções pra duas regiões da cidade, as zonas leste e sul. Estas duas regiões vem apresentando um potencial de crescimento populacional, respeitadas as proporções, antes visível apenas na região do hoje centro velho, a parte histórica, e parte dos bairros São Francisco da Guarita e a agora deslumbrante avenida São Sebastião. As duas regiões representam hoje quase a metade da população inteira da cidade.

Faz quase vinte anos que estou batendo nesta tecla, primeiro na máquina de escrever, minha velha, macia e hoje aposentada Remington, portátil e, agora no computador, mais silencioso e prático. Há a necessidade de levar aos milhares de parnaibanos destas duas regiões hoje e há muito em crescimento, sistema de atendimento médico mais estruturado e um centro popular de abastecimento. Bairros como Betânia, Planalto, Raul Bacellar e São Judas Tadeu precisam destes dois equipamentos pra atender suas necessidades. Vamos falar de início da parte de saúde.
Não se admite um vivente, uma mãe, um idoso, um acidentado ter necessidade de atendimento médico lá no Raul Bacellar ou do Planalto ter que percorrer uma distância imensa até o Hospital Dirceu Arcoverde. Este hospital já recebe gente de tudo que é parte do mundo, desde a China até o Maranhão, na extrema com o Tocantins, perto do Deus Me Livre. A minha ideia é de que ao contrário de se instalarem os tais Postos de Saúde da Família, numa progressão de mais de trinta atualmente, ineficientes, se construísse outro hospital mais pra dentro desta região, com toda a quantidade de leitos que seriam disponíveis nesses PSFs.
Porque todo mundo sabe. Eu sei e você sabe e todos nós sabemos o quanto é deficiente o atendimento médico nesses postos de saúde, embora muitos deles estejam localizados em regiões remotas. A ideia foi boa, excelente no papel. Mas estes postos de saúde não têm as características físicas de um hospital e que inconscientemente quem precisa de atendimento enxerga confiança. Há no íntimo da população, da pessoa necessitada, uma empatia entre o que necessita e o que vê como hospital. Então eu defendo que se construa e instale dentro dos próximos anos, mas que seja breve, um novo hospital nessa região.
Na zona sul, temos o Alto de Santa Maria e toda a população que mora, trabalha, estuda e se diverte na parte da BR 402, sentido Parnaíba-Chaval, com sua população em crescimento, mas que encontra certamente dificuldades para ter atendimento médico a partir de um hospital localizado fora de sua geografia como é o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde. Uma população pobre e que tem como característica os altos índices de violência e criminalidade. Só isso justificaria a construção de um hospital para atendimento a seus moradores.
Em relação ao abastecimento de gêneros alimentícios, estas duas regiões, principalmente a da zona leste, Planalto, os bairros São Judas Tadeu e Raul Bacellar, necessitam de um novo mercado público. Compreendo que fica muito distante custoso e inseguro para um morador destes bairros terem que se deslocar até a avenida Pinheiro  Machado com rua Caramuru pra fazerem suas compras de feira: a carne, o peixe, os cereais, frutas e verduras. Defendo que seja construído um mercado de porte entre pequeno e médio. Já seria de bom tamanho e utilidade.
Por outro lado um mercado público naquela região fixaria o poder de compra da população. Imagino o que seja um trabalhador sair aos domingos de sua casa no Raul Bacellar pra fazer compras na distante e barulhenta Pinheiro Machado. Espero que um dia alguém olhe com carinho pra estas duas regiões ainda tão remotas, as zonas leste e sul.
Têm as duas regiões certamente um quarto de toda a população de Parnaíba. Necessitam de hospital e de um centro de compras. Mas certamente que necessitam também de escolas, creches, postos de policiamento, sistema de abastecimento de água. Mas eu acredito estes dois pontos serem primordiais entre curto e médio prazos: hospital e mercado público. Esta população necessita de mais estabilidade aonde vive. Esta ideia de se construir um mercado e um hospital pra satisfação de seus moradores deve ser uma ideia cortejada e abraçada pra dentro dos próximos anos.

(*)Pádua Marques é escritor e jornalista

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente essa postagem

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.