29 de mar. de 2014

VAI FAZER A DIFERENÇA I - É bom reabrir o HGV

Por mais de uma vez, a Fundação Municipal de Saúde já esclareceu que a principal razão da superlotação do Hospital de Urgência de Teresina Prof. Zenon Rocha são os pacientes provenientes dos Estados do Maranhão e do Pará e, principalmente, do interior do próprio Estado do Piauí, responsáveis, em média, por 55% dos atendimentos realizados pelo hospital. Os números são reflexos da baixa resolutividade dos hospitais estaduais e regionais localizados no interior, seja por falta de equipamentos adequados, seja por falta de profissionais. Em geral, as ambulâncias constituem o principal equipamento de saúde de muitos municípios do interior do Piauí: diante de uma emergência, o paciente é transportado a Teresina, na maioria das vezes em viagens longas, em ocasiões em que a celeridade em seu atendimento pode significar a diferença entre a vida e a morte. Dessa forma, por uma deficiência do Sistema Estadual de Saúde, mormente no interior do Estado, a Prefeitura de Teresina acaba tendo que suportar os encargos da alta demanda existente no HUT, pelo qual é responsável. Nada mais justo, pois, que o Estado reative os serviços de urgência e emergência do Hospital Getúlio Vargas, medida recém-anunciada pelo Vice-Governador Zé Filho. Mas não se deve improvisar. O governador precisa mandar planejar esse retorno. É necessário, ainda, que o Hospital Universitário também passe a integrar a rede de atendimento de urgência da capital. Só assim se avançará para que a cidade tenha um sistema universal, integral, igualitário e gratuito de saúde. Não pode continuar como está, onde os corredores do HUT se parecem a campos de guerra, com mutilados jogados a toda sorte.

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