28 de abr. de 2013

PICARETAGEM: Companheiros muy amigos

A movimentação de partidos e políticos de olho nas eleições de 2014, no Piauí, está deixando à mostra algumas fissuras. Elas estão tanto no governo como na oposição. Na oposição, o PTB se divide em dois, um adesista e outro refratário ao governo estadual; e no PSDB há um chamego dos firministas com o apoio administrativo de Wilson Martins, enquanto a turma de Sílvio Mendes monta palanque no lado oposto, bandeando-se para o PP do senador Ciro Nogueira. Mas o que chama mesmo atenção é um movimento dentro do PT, partido que mais tem espaço no governo de Wilson, depois do PSB. Oficialmente, o cacique da tribo petista, Wellington Dias, faz afagos anda, colado no governador, não abrindo mão de participar de toda e qualquer solenidade, ainda mais se for inauguração no interior. Ao mesmo tempo, pesos-pesados do PT desancam o governador, no pessoal e no administrativo. As vozes mais poderosas no ataque a Wilson partem dos grupos que rodeiam os deputados Jesus Rodrigues e Assis Carvalho. Jesus acha que o PT tem pouco espaço no governo estadual, uma visão um tanto fisiologista. Já a turma de Assis reclama de perseguição: o governador estaria deixando que fossem escarafunchadas coisas antigas, especialmente na Secretaria de Saúde. Daí, sem meias palavras, partem para o ataque batendo da cintura para baixo. Causa estranheza a postura dos companheiros, que – reconheça-se - foram preservados pelo governador além da conta, porque ninguém desconhece o desmantelo encontrado em abril de 2010. E Wilson, conveniente ou podendo até ser acusado de cumplicidade, engolou tudo a seco. Os petistas fazem um jogo duplo. Primeiro, se afiançam das realizações, nas andanças "casadas" de Wellington com Wilson. Segundo, deixam uma porta aberta para uma caminhada descolada do governador. Além disso, ao baterem em Wilson o fazem sabendo que o enfraquecimento do governador é bom para que a candidatura Wellington se afirme sem maiores concessões, ou melhor, negociações. Daí, o bom é bater. E bater muito, bem no estilo "muy amigo".

Fonte: AZ
Edição Blog do Pessoa 

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