O assassinato do jornalista maranhense Décio Sá é mais uma ação intimidatória contra o sagrado direito de informar e opinar. Desde o Brasil colonial, esse método é usado pelos que se julgam poderosos e acima da lei. Inúmeros crimes contra a imprensa livre têm sido cometidos. Este ano, segundo as estatísticas, pelo menos quatro profissionais de imprensa tiveram suas vidas ceifadas por aqueles que acham que a bala é a solução para se livrarem das denúncias contra os quais são feitas. Matam um jornalista, mas não matarão o jornalismo. Jamais sufocarão a liberdade de expressão porque esse é o ar que a sociedade respira. Numa atitude covarde, se valem de pistoleiros profissionais para saciar seus desejos inconfessáveis, como se buscassem fazer valer a lei da força em detrimento da força da lei. Na ditadura o assassinato do jornalista Wladimir Herzog, ao invés de sufocar a verdade, gerou uma reação inversa, trazendo à tona a farsa cometida pelos agentes da repressão, graças ao empenho da mídia. O crime contra o jornalista maranhense atinge toda a imprensa, mas não pode jamais calar os jornalistas corajosos que colocam o direito de expressão acima da própria vida. Está na hora de o Estado dar a pronta resposta a essas ações criminosas que atentam contra valores que sempre nortearam a imprensa livre e o Estado democrático de Direito.
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