A polícia garroteada

Policia Civil - Delegado Eduardo Ferreira 

Se o governador Wilson Martins não assistiu, precisa mandar sua assessoria mostrar-lhe a entrevista que os delegados de Polícia Civil Eduardo Ferreira e Cristiano Ribeiro concederam à TV Meio Norte ontem, de manhã. Falando o piauês bem ao gosto do palavreado do livro do jornalista Paulo José Cunha, Eduardo Ferreira define a situação atual da Secretaria de Segurança como garroteada, amarrada, presa por um garrote. Para Eduardo Ferreira, que atualmente comanda a Delegacia de Luís Correia e a Central de Flagrante de Parnaíba, o caso Fernanda Lages foi o estopim de uma realidade que há cerca de oito anos assola a Polícia Civil: “sem independência, funcional ou financeira e vendo sua imagem ser manchada diante da população piauiense”. Na mesma entrevista, o presidente do Sindicato da Polícia Civil, Cristiano Ribeiro arrematou: “O tsunami que passou pela Polícia Civil tem nome: Robert Rios Magalhães”. Os dois delegados foram duros na avaliação do comportamento dos delegados da Cico que estiveram à frente das investigações, lembrando, entretanto, que a Policia Civil, embora fragilizada diante da opinião pública, é muito maior que os policiais que atuaram na investigação e não apresentaram resultado satisfatório no caso. Mas o fato é que quem está com o ‘boi na capação’, para ser fiel ao piauiês usado pelo delegado Eduardo, é o governador Wilson Martins. As mudanças no aparelho policial se fazem necessárias e urgentes. O governador deve tirar a Secretaria de Secretaria da barganha política, montando uma equipe policial de excelência que não seja carimbada partidariamente.

Fonte: AZ

Edição Blog do Pessoa