29 de nov. de 2011

O santuário do peixe-boi marinho no Brasil fica localizado no Piauí

Peixe-Boi (Foto:Francisco Leal)Peixe-Boi (Foto:Francisco Leal)
O peixe-boi marinho, o mamífero aquático mais ameaçado de extinção do mundo, encontrou no litoral do Piauí, a 380 quilômetros de Teresina, um lugar de águas claras e tranquilas para procriar e fugir do risco de desaparecer. Sua população, que beirava aos 20 animais no início dos anos 1980, hoje já é estimada entre 35 e 40.
Cajueiro da Praia, um pequeno município de pouco mais de 7 mil habitantes, na divisa com o estado do Ceará, abriga este estuário que é mantido com esse status graças a uma parceria informal de ambientalistas e da população, que busca fomentar o desenvolvimento sustentável da região.
Para o leigo, o pequeno crescimento da população pode parecer estranho, mas para a analista ambiental Patrícia Claro, da base avançada multifuncional do Centro de Mamíferos Aquáticos, que funciona no município, a baixa taxa reprodutiva do peixe-boi registrada no Piauí é normal. “A reprodução do peixe-boi é mesmo muito lenta, só acontece de três em três anos, entre os meses de outubro e março”, explica.
A população de peixe-boi no Brasil é estimada em 500 animais, dos quais 200 estão na costa Nordeste e Cajueiro da Praia foi o primeiro município brasileiro a receber o título de Patrimônio Natural do Peixe-Boi Marinho, tornando a prefeitura local responsável pela proteção dos mamíferos aquáticos e seus habitat, que inclui estuários, rios e mar.
O mamífero tem uma média de 500 a 550 quilos de massa e um comprimento médio de 2,8 a 3 metros, embora já tenha sido avistado animal de até 3,6 metros e mais de 1,7 mil quilos. As fêmeas tendem a ser maiores e mais pesadas e um filhote, ao nascer, tem uma massa média 30 quilos.
Para nadar, o peixe-boi impulsiona sua nadadeira caudal, usando as duas nadadeiras peitorais para controlar os movimentos. Apesar de bastante pesado, consegue ser bem ágil dentro d'água, fazendo muitas manobras e ficando em várias posições. Em média, nadam com uma velocidade de 5 a 8 km/h, mas já foram vistos nadando a uma velocidade até 30 km/h.
Metade do dia de um peixe-boi é gasto dormindo na água, subindo para tomar ar regularmente em intervalos não superiores a 20 minutos. Nos seus mergulhos normais fica de um a cinco minutos debaixo d'água. Em repouso, pode permanecer até 25 minutos submerso, sem respirar.
Trabalhando na região desde 1991, a paulistana Patrícia Claro, faz parte de uma equipe de dez pessoas que atua na defesa e preservação do peixe-boi no Piauí. São técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), funcionários da prefeitura e estagiários. Segundo ela, o peixe-boi chegou ao Piauí bem antes dos colonizadores europeus. “O Piauí tem uma área bem preservada e isso é fundamental para a preservação da espécie”.
O monitoramento do mamífero em mar aberto acontece sempre às segundas, quartas e sextas, no horário de 6h às 10 horas. É o que os técnicos chamam de observação do animal em ambiente natural. Só no Piauí acontece isso. Nas demais regiões, eles são observados em cativeiro. Desde o início do programa, até agora foi registrado um único encalhe de peixe-boi em Cajueiro da Praia.
Patrícia Claro garante também que o sucesso do projeto de preservação se deve muito ao relacionamento tranquilo dos pescadores com o peixe-boi. “O peixe-boi respeita o pescador e o pescador respeita o peixe-boi. Aqui nunca foi local de caça”, concluiu.
Edição Blog do Pessoa 

6 comentários:

  1. turismo que e bom nada.

    sem energia eletrica

    sem porto

    sem industrias

    sem universidade do delta

    sem resorts

    sem tabuleiros litoraneos


    E agora Jose???


    O governo nao tem nem se esforcado para trazer um industria que possa empregar milhares de pessoas na parnaiba para que essa venha provacar o desenvolvimento fazendo com que o aeroporto funcione e o turismo se consolide.

    No sul e sudeste nao ha mais espaco. Por isso tudo e mais caro. Aqui no litoral temos espaco de sobra para crescer.

    Ha milhares de sudestino que gostariam de migrar para um lugar onde teriam oportunidade de expandir seus negocios.

    Os politicos do Piaui so nao sao analfabetos para arrancar dinheiro do governo federal e colocar em seus bolsos.

    Politicos do Piaui sao inescrupulosos.

    ResponderExcluir
  2. parabens pelo projeto é um belo animal, fico orgulhoso de ver projetos assim funcionando em nosso estado, apesar de todas as dificuldades e corrupção, vemos esperança, parabens e muito obrigado pelo bom trabalho desempenhado por vcs!!!!

    ResponderExcluir
  3. Realmente este projeto merece nossos aplausos. Porem, este mesmo instituto (Chico Mendes) é o que esta atravancando o desenvolvimento industrial na nossa cidade , ao defender interesses de uma ONG, e está impedindo a obra de ampliação da Usina Eolica da Pedra do sal.
    Mais uma vez os "I"s de Parnaiba (Ibama, Iphan , Iteceteras...) atrapalham nossas vidas!!

    ResponderExcluir
  4. Porra! Vou mandar os assaltantes todos assaltar as casas desse povo.Pq nao da somos uma cidade 147 mil habitantes as pessoas precisam de emprego.

    Sem energia eletrica nao ha desenvolvimento. I am sorry.

    Parnaiba, voce vai ser sempre subdesenvolvida.

    ResponderExcluir
  5. Pois eu vou fazer um passeata condenando essa ONG.

    NAO HA EMPREGOS NA PARNAIBA.

    SEM ENERGIA ELETRICA NAO HA PROGRESSO.

    ResponderExcluir
  6. Ok, vou dizer algumas verdades.O meio ambiente e importante porem temos que progredir.

    Eu entendo a preocupacao e tudo mais. Acho que na verdade e preciso organizar a nossa cidade.

    Porem, sem energia eletrica nao ha progresso.

    Precisamos das eolicas para alimentar nosso parque industrial e ativar todos os segmentos economicos de nossa cidade, incluindo o turismo. Assim retardaremos o exodo.

    Tambem nao podemos bloquear todo o litoral com eolicas, pois bloqueria curso migratorio de aves importante para o ecosistema. Deveriamos deixar lacunas para que aves continuem seus percursos.

    So que no presente momento so temos um parque eolico. Nos precisamos de mais.

    O nosso litoral nao esta bloqueado por eolicas. Ele esta travado por ambientalistas que pensam que estao certos em tudo.

    A PARNAIBA TEM 147 MIL HABITANTES. QUEM VAI SUSTENTAR ESSE POVO???

    Acho que vou mandar o pessoal pedir dinheiro na porta do "I".

    ResponderExcluir

Comente essa postagem

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.