31 de ago. de 2011

Pai de Fernanda diz que filha foi vista com duas pessoas antes de morrer

Fernanda Lages Veras foi vista com duas pessoas nas imediações da obra onde horas depois seria assassinada. A revelação foi feita nesta quarta-feira (31) por Paulo Lages, pai da jovem, durante entrevista coletiva.

Segundo ele, um vigilante que fazia ronda pela Avenida João XXIII avistou um grupo de três pessoas – um homem e duas mulheres – próximo ao local do crime. A testemunha só reconheceu que era Fernanda ao amanhecer do dia, quando viu fotos da jovem estampadas no noticiário local.
































Por coincidência, o vigilante conhecia um tio da vítima. Foi assim que a história chegou à família. “Segundo meu cunhado, o amigo dele não sabia que era a Fernanda. Quando ele viu a foto dela no jornal foi que reconheceu”, afirmou Paulo Lages. 

A segunda mulher que estava no grupo também foi reconhecida. Ela faz parte do círculo de amigos de Fernanda. A identidade do homem ainda é uma incógnita. O vigilante já prestou depoimento à Polícia Civil. 

Após a sáida do pai de Fernanda do local da coletiva, o advogado Lucas Villa disse estranhar o relato. Ele foi contratado pela família da jovem para acompanhar o caso. “Parece uma história um pouco fantasiosa. Manuseei o inquérito e não vi nada sobre isso”, disse 

Confiança na polícia

Durante a entrevista coletiva, Paulo Lages declarou total confiança na condução do caso pela Polícia Civil. Ele recebeu as garantias de uma investigação isenta do governador Wilson Martins. “O governador me ligou e garantiu que a polícia não vai omitir nada nem acobertar ninguém, independente de quem seja o culpado”, disse.

A família não demonstra contrariedade no fato do delegado Mamede Rodrigues, titular do 5º Distrito Policial, ter abandonado o caso. Na opinião do pai da vítima, o importante é que uma equipe competente cuide do caso.

“A família acredita na punição, mas desde que essa punição venha através de provas concretas, que se descubra através de exames. Nós não vamos especular nada”, avisou Lages.

Paulo Lages também fez um apelo para que o chefe do Ministério Público Federal no Piauí, procurador Marco Túlio Caminha, continue acompanhando o caso de perto.

Suicídio

O pai de Fernanda Veras manteve a calma durante os mais de 20 minutos de entrevista. O único momento em que usou um tom de voz mais veemente foi ao falar da hipótese da filha ter se suicidado.

“Jamais uma pessoa como a minha filha faria isso. Nunca! Ela sempre foi lúcida, alegre. Gente, as fotos que vocês veem da minha filha... eu não tenho notícias da minha filha séria em uma foto. Minha filha era uma pessoa que sorria fácil, que fazia amizades; ela quando chegava em Barras, que as amigas chegavam, era aquela farra. A Fernanda era uma pessoa calorosa, que gostava da vida, gostava de viver. Era uma pessoa que gostava de viver”, declara Paulo Lages.

O advogado da família, Lucas Villa, levanta alguns argumentos para reforçar a versão de que Fernanda não pulou do prédio do Ministério Público Federal. “Não acho viável que ela tivesse informações de como adentrar no local, saber desses detalhes, de que era possível passar de uma obra para a outra por um buraco na parede no fundo do terreno, saber como ter acesso ao interior da obra do MPF. São situações um pouco difíceis da gente imaginar que ela pudesse ter em mente sozinha”, argumentou.

Jovem foi atraída para a obra

Fernanda entrou na obra atraída por alguém. Essa é a opinião de Paulo Lages. “Minha filha chegou lá atraída por alguma coisa, ela não foi lá à toa”, disse, acrescentando que “um falso amigo” pode ser o assassino da filha.

Paulo Lages conversava “todo santo dia” com Fernanda. A última vez que se falaram por telefone foi na quarta-feira, dia 24 de agosto. A jovem estava na faculdade quando atendeu a ligação do pai. “Nós éramos pai e filha que conversávamos sobre todos os assuntos.” Apesar disso, Paulo não sabe com quem a jovem se relacionava. Segundo ele, Fernanda nunca se queixou de ameaças.

Fernanda pode ter sido empurrada do prédio

O advogado Lucas Villa acredita que Fernanda Veras pode ter sido empurrada do 5º andar do prédio do Ministério Público Estadual. Ele visitou o local onde a jovem foi assassinada. 

Ressaltando que sua opinião é leiga, Villa disse que o local onde o corpo foi encontrado é muito afastado da base do prédio. Para descrever aquela trajetória, afirma o advogado, ela teria que ter sido empurrada. “Quem pretende se suicidar, não dá um salto pra frente”, conclui.

Prudência

Ainda durante a coletiva, o pai de Fernanda Veras pediu prudências aos jornalistas na divulgação do caso. É uma reação da família à onda de boatos e informações desencontradas que está sendo veiculada pela imprensa. “Nós ainda não recebemos nada de concreto da Polícia Civil.”



Por Rômulo Maia
Fonte: AZ
Edição Blog do Pessoa 

Um comentário:

  1. Sr Lages pra esse caso ser elucidado so contratando profissionais fora dai, ist é, sairia mais caro pro Sr, e o ministerio público, mas a justica seria feita, faca se fazer que uma equipe fora dai do Brasil(existe na america norte e Europa)traga psicologo com experiencia junto com a maquina detectora de mentira e que se faca esse teste cvom o principal culpados, a equipe tambem faz mostra de DNA, de algum tipo de material encontrado no corpo da vitima, e se pode fazer ainda, tire o caso da policia no fim nao vai da em nada, o Sr. Vai ver, ai é assim, e o assassino nen dor de cabeca tem,e nen um exame de teor alcolico no sangue fizeram, e teriam que fazer levantamento de impressao digital nas barras de ferro ou madeira encontrada, foi feito nao, ai e tudo ainda tao leigo, como todos dizem, ainda no tempo dois coroneis.

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