29 de mai. de 2011

Um coração ferido não ama a si próprio

Quem não ama a Deus não se ama e não ama ninguém

A marca registrada do cristão é a sua capacidade de viver o amor. Amar é a única opção que temos quando queremos viver conforme Jesus. Ou aprendemos a amar ou não podemos dizer que somos cristãos. Amar é imperativo, categórico. Por isso a cura dos ressentimentos também torna-se um imperativo para nós. Ou nos curamos e assim conseguimos amar, ou não amamos e não podemos nos dizer cristãos.

Ser cristão é ser diferente. O mundo não pode acolher nem compreender a serenidade do coração cristão. Jesus deixou bem claro que a paz que Ele nos dá, o mundo não pode receber nem entender. E o que somente a partir dessa paz é que podemos viver sem temor.

O cristão é alguém que assume no mundo a missão de amar sempre. A partir da experiência de Deus por nós somos chamados a testemunhar para o mundo a possibilidade de um relacionamento diferente, no qual ninguém oprima ninguém.

A grande causa dos problemas de relacionamento entre as pessoas está no distanciamento do amor de Deus. Ninguém consegue amar uma pessoa, limitada e fraca, se não tiver a experiência do amor de Deus. Quem não ama a Deus não se ama e não ama ninguém.

Para curar o ressentimento é preciso fazer uma operação fundamental pelo amor. Num mundo onde as pessoas só amam aqueles que lhes parecem bons, Jesus nos chama a amar a todos, como Ele nos amou.

A primeira coisa que Deus faz em nossa vida é nos animar com um espírito novo. Sem esse jeito novo de enxergar a vida, a si mesmo e as outras pessoas, nunca teremos esse coração curado.

É preciso tocar no ponto crucial: o coração empedernido! Coração de pedra é uma expressão que nos revela a dureza que nosso coração vai experimentando e adquirindo à medida que deixamos de amar.

O ódio produz essa dureza. E esse coração precisa ser substituído mesmo, agora por um coração de carne, um coração manso e humilde, semelhante ao Coração de Jesus.

Somente a partir dessa experiência é possível observar a lei de Deus, guardar e praticar Seus mandamentos e ser cristão de fato.
Se não consigo amar, a partir de mim mesmo, já sendo ferido e machucado me é impossível amar o próximo. Eu posso e devo amar segundo o Coração de Jesus.

Um coração ferido e machucado não ama a si mesmo e não consegue amar mais ninguém.


(Trecho extraído do livro: 'A cura do ressentimento').
Padre Léo, SCJ

6 comentários:

  1. este homem foi um dos maiores pregadores que a Igreja já possuiu. Um exemplo de católico. Q bela surpresa ver um texto dele aqui. meus cumprimentos ao editor.

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  2. Como disse o querido Padre Fábio de Melo: Deus visitou o mundo e usou o rosto de um homem chamado Padre Léo.

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  3. rsrrs,, quem esteve no mundo foi Jesus Cristo.

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  4. "Um corpo sem inteligência não ama. Um corpo sem saúde não desfruta do amor. Um gênio sem amor não tem saúde espiritual. Diante disso tudo devemos a cada instante procurar a companhia das três virtudes, mesmo que alcancemos uma a uma" (Paulo Baleki).

    Por que o padre Léo morreu aos 45 anos, vítima de câncer? Ele teve um coração ferido e não amou a si próprio? Por que o onipotente Deus/Jesus não o salvou? Não o amou?

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  5. Josef, 1) o padre morreu, aos 45, vítima de câncer pq a doença foi diagnosticada tardiamente. 2) Certamente o padre teve sim um coração ferido - quem não tem? Os maiores modelos cristãos também o tiveram - mas, padre Léo sempre buscou as coisas do alto - tema de um dos seus livros - para curar seu coração e o coração de tantos outros através de suas obras de caridade. 3) Ele amou sim e não só a si próprio. Visite o site da Comunidade Bethânia para ter uma prova disso. 4) E quem lhe disse que o padre Léo não está salvo? Não sou eu quem julga as almas, mas, sinceramente, aposto que padre Léo está salvo sim. Jesus disse "eu sou o caminho, a verdade e a vida" e "quem crê em mim, ainda que morra, viverá."

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  6. Para nós que acreditamos em Deus, principalmente para nós católicos, como o padre em questão, morrer jovem não é sinal de que não somos amados por Deus. Não existe essa relação. Deus ama incondicionalmente. Santa Teresinha de Lisieux morreu tuberculosa, aos 24, e hoje é doutora da Nossa Igreja.

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