29 de dez. de 2010

Atividades informais e criminosas somam 18,6% do PIB

Bom dia Senhor Carlson.

Referente à matéria "Mercado de filmes em Parnaíba quebrou!" e os sugestivos comentários, postado por Blog do Pessoa na data de 26/12/2010 às 21:05, sirvo o seguinte artigo para que seus leitores possam tirar a própria conclusão e formar o juízo. A economia informal, conhecida como economia subterrânea atingiu em 2010 nova marca, chegando a R$ 656 bilhões. Segundo o Índice de Economia Subterrânea de 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV), a informalidade equivale a 18,6% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) e está crescendo na velocidade deste. Em valores nominais, houve um acréscimo, frente a 2009, de R$73 bilhões nos bens e serviços produzidos à margem da formalidade. "Levando em consideração a atual carga tributária, é possível estimar que há sonegação de aproximadamente R$ 200 bilhões por ano no Brasil”, comentou André Franco Montoro Filho, diretor executivo do ETCO. “Imagine quantos investimentos poderiam ser feitos com esse montante, inclusive em estradas. Somente os investimentos realizados pelo governo federal no ano somaram R$ 30 bilhões”, afirmou. Segundo ele, a redução da economia subterrânea é fundamental para ampliar a Formação Bruta de Capital Fixo no País, gerar empregos formais e melhorar a renda da população. Estamos falando de quase R$ 700 bilhões, que ficam à margem da economia formal brasileira. "Para dar uma idéia da gravidade desse problema, basta lembrar que a economia subterrânea do Brasil SUPERA toda a economia da Argentina” ressalta Montoro Filho. A informalidade, além de suas relações com a corrupção, o crime organizado e de precarizar as condições de trabalho, traz prejuízos diretos para a sociedade, cria um ambiente de invasão e apropriação de espaços públicos, transgressão, danos a estética urbana e estimula o comportamento oportunista com queda na qualidade do investimento e redução do potencial de crescimento da economia brasileira. Além disso, provoca a redução de recursos governamentais destinados a programas de educação, saúde e infra-estrutura. O pesquisador da FGV, Fernando de Holanda Barbosa Filho, acredita que uma queda significativa da informalidade só virá quando a burocracia for reduzida (veja o gráfico "obstáculos à formalização no Brasil") e a carga tributária cair. Resumindo enfatizo que as cogentes mudanças dependem da vontade política. Tal comportamento cruza pela ética e moral em consonância com o pensador Nicolau Maquiavel (1469-1527), que estabelece um vínculo estreito entre moralidade cívica e vida política saudável. Lembro o que Maquiavel dizia em discursos sobre a primeira década de Tito Lívio: “COMO OS BONS COSTUMES EXIGEM LEIS PARA SE MANTEREM, ASSIM TAMBÉM AS LEIS EXIGEM BONS COSTUMES PARA SEREM OBEDECIDAS." Lembram-se do artigo "Causa da riqueza e miséria das pessoas", publicado por Blog do Pessoa na data de ‏ 27/04/2010 às 13:00.

Abraço forte e um próspero ano 2011, extensivo aos seus familiares, ouvintes e leitores.


Por Josef Anton Daubmeir
Edição Blog do Pessoa

6 comentários:

  1. É fato. Mas o trabalho informal, que está em toda parte, nem sempre está ligado ao crime. O que está ligado ao crime é o ato da corrupção política, e quem a pratica não está nem aí pra quem é formal ou informal. Por sua vez a corrupção gera a miséria, o desemprego e a violência urbana, e também o sofrimento rural. Impede o surgimento ou crescimento empresarial, fazendo milhares de brasileiros, os mais honestos, buscarem seu sustento na informalidade. Quem garante emprego pros milhares de jovens diplomados de todas as áreas nesse país? Quem garante uma aposentadoria pra aquele senhor de 65 anos, que pra não morrer de fome precisa inventar uma vendinha na esquina ou até mesmo na praça?Quem garante que um advogado ou administrador de empresa recém formado vai trabalhar logo logo na sua profissão? Até nossos políticos mandam seus filhos buscar emprego em outras terras! Basta lembrar que, em se tratando de comércio e geração de renda, mesmo na informalidade, para os pequenos é possível criar de 01 até 03 oportunidades de trabalho com pouquíssimos recursos, como por exemplo, um pequeno empréstimo bancário, onde alí já se deixa certa contribuição, enquanto que para uma empresa grande gerar apenas 01 emprego, são precisos alguns milhares de reais. Ainda existe o caso das contribuições autônomas para a Previdência, que de tempos em tempos tem sido saqueada. Alguém lembra? Vamos ver as coisas de forma mais justa! A informalidade, na qual estão cravados vários tipos de profissionais qualificados, nem sempre tem ligação com o crime, e nem tampouco quebra o comércio formal ou o país, já que permite que milhares de pessoas deixem parte dessa renda em lojas e supermercados desse Brasil, além de diminuir a miséria que até anos atrás crucificava os brasileiros mais que nos dias de hoje. Em outro ponto, o Brasil deu um salto positivo na política de distribuição de renda aos mais carentes, e isso está despertando a atenção de grandes empresas estrangeiras, que miram esse poder aquisitivo emergente lá de baixo. Mas por outro lado, é preocupante para a burguesia que detesta ver um pobre com uma TV tela plana em casa. Brasileiro é um povo honesto e trabalhador, que prefere o trabalho duro a ter que mendigar, carregando fardos e sendo perseguido, mas sempre com um sorriso no semblante. Feliz 2011 para todos nós!

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  2. É fato. Mas o trabalho informal, que está em toda parte, nem sempre está ligado ao crime. O que está ligado ao crime é o ato da corrupção política, e quem a pratica não está nem aí pra quem é formal ou informal. Por sua vez a corrupção gera a miséria, o desemprego e a violência urbana, e também o sofrimento rural. Impede o surgimento ou crescimento empresarial, fazendo milhares de brasileiros, os mais honestos, buscarem seu sustento na informalidade. Quem garante emprego pros milhares de jovens diplomados de todas as áreas nesse país? Quem garante uma aposentadoria pra aquele senhor de 65 anos, que pra não morrer de fome precisa inventar uma vendinha na esquina ou até mesmo na praça?Quem garante que um advogado ou administrador de empresa recém formado vai trabalhar logo logo na sua profissão? Até nossos políticos mandam seus filhos buscar emprego em outras terras! Basta lembrar que, em se tratando de comércio e geração de renda, mesmo na informalidade, para os pequenos é possível criar de 01 até 03 oportunidades de trabalho com pouquíssimos recursos, como por exemplo, um pequeno empréstimo bancário, onde alí já se deixa certa contribuição, enquanto que para uma empresa grande gerar apenas 01 emprego, são precisos alguns milhares de reais. Ainda existe o caso das contribuições autônomas para a Previdência, que de tempos em tempos tem sido saqueada. Alguém lembra? Vamos ver as coisas de forma mais justa! A informalidade, na qual estão cravados vários tipos de profissionais qualificados, nem sempre tem ligação com o crime, e nem tampouco quebra o comércio formal ou o país, já que permite que milhares de pessoas deixem parte dessa renda em lojas e supermercados desse Brasil, além de diminuir a miséria que até anos atrás crucificava os brasileiros mais que nos dias de hoje. Em outro ponto, o Brasil deu um salto positivo na política de distribuição de renda aos mais carentes, e isso está despertando a atenção de grandes empresas estrangeiras, que miram esse poder aquisitivo emergente lá de baixo. Mas por outro lado, é preocupante para a burguesia que detesta ver um pobre com uma TV tela plana em casa. Brasileiro é um povo honesto e trabalhador, que prefere o trabalho duro a ter que mendigar, carregando fardos e sendo perseguido, mas sempre com um sorriso no semblante. Feliz 2011 para todos nós!

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  3. Há um paralelo cultural. Portugal sofre a informalidade de 20% do PIB e entrou como um dos países mais pobre e endividado da UE. A ilegalidade cria a miséria.

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  4. Anônimo de 29 de dezembro de 2010 22:47. Se o povo é tão honesto, a Parnaíba com suas tantas transgressões evidentes não faz parte do Brasil e os políticos corruptos são criaturas de quem?

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  5. Anônimo de 29 de dezembro de 2010 22:47. Informo que a economia informal é considerada crime porque a conseqüência é a sonegação, ou seja, CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. Constituem-se crimes os atos praticados por particulares, visando suprimir ou reduzir tributo ou contribuição social e qualquer acessório, através da prática das condutas definidas nos artigos 1 e 2 da Lei 8.137/1990.
    Abraço e felix 2011.

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  6. Considero, que em alguns casos, a própria ORDEM TRIBUTÁRIA já é um crime contra a economia individual de cada brasileiro. Talvez ela seja um caminho a permitir casos como o recente, que poucos sabem, mas seria bem interessante se todos os brasileiros entendessem o que é a política, e qual sua verdadeira face e seu interesse final, que talvez não seja o bem da nação em geral, mas dos escolhidos. Não entendo de política, mas os fatos provam isso, e são fatos muitas vezes escondidos pela grande mídia. http://www.youtube.com/watch?v=ZNuFlHAWwxo

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