1 de abr. de 2010

Bom dia, amados de Deus!‏

Bom dia! (Cheio de paz)

Hoje é quinta-feira (1° de abril), dia da mentira. Todavia, para mim, dia da verdade. Dia da instituição da Eucaristia. Dia de purificação. O Senhor limpa-nos da nossa indignidade com a força purificadora da sua bondade. Lavar os pés uns aos outros significa sobretudo perdoar-nos incansavelmente uns aos outros, recomeçar sempre de novo juntos, mesmo que possa parecer inútil. Significa purificar-nos uns aos outros suportando-nos mutuamente e aceitando ser suportados pelos outros; purificar-nos uns aos outros doando-nos reciprocamente a força santificadora da Palavra de Deus e introduzindo-nos no Sacramento do amor divino.
Sinto-me muito feliz, amados de Deus, pois ainda hoje serei purificado, porque fui escolhido como um dos doze, para reviver e fazer parte dessa memória. Cristo lava-nos os pés, sinal de humildade e de servidão.
Se fez necessário, também, conhecer dois homens com atitudes traidoras, porém adversas, Judas e Pedro: num a avareza que odeia, no outro, a debilidade que ama, respectivamente. Judas se desespera e Pedro arrepende-se.
Nem o plano traidor de Judas nem a generosidade impetuosa e frustrada de Pedro influirão no desígnio que já está marcado pelo Pai e aceito por Jesus.
Que atitude devemos tomar, irmãos e irmãs, hoje, como filhos e filhas de Deus?
Eu, católico convicto, reconhecendo-me pecador, sinto-me também bastante comovido com menções da memória dos últimos momentos de Jesus. Como puderam ser tão cruéis com um Homem tão justo e verdadeiro? Transforme-me, faço-me em Cirineu, aliviando-Lhe o fardo da cruz.
E a sabedoria popular, caros cristãos e cristãs, denuncia esta postura, com um dito lapidar: "Falar é fácil. O difícil é fazer". Fazer-se mestre dos outros, sem a disposição de colocar em prática o que se ensina, não tem valor algum. Só o exemplo instrui e convence.
Os ensinamentos de Emanuel (Deus conosco), irmãos e irmãs, não devem ficar esquecidos. Cristo não ensinou a teoria, mas nos ensinou apoiado na prática. Jesus estava distante de ser um teórico. Ele ensinava o que praticava. Suas palavras encontravam respaldo no seu testemunho de vida.
Dia da mentira para os pagãos de hoje, mas dia também de fé, dia de oração, de fortificação, de devoção comovente.
Saibam, sensatos cristãos, para Jesus, uma comunidade começa com dois. "Onde dois ou mais se reunirem em meu nome, lá estou eu no meio deles".
No entanto, amabilícimos irmãos e irmãs, a forma mais autêntica de celebrar a Paixão do Senhor é reavivar a nossa compaixão. Sem isto, dilui-se a nossa fé no "Deus crucificado" e abre-se a porta a todo o tipo de manipulações. Que o nosso beijo ao Crucificado nos coloque sempre a olhar para quem, próximo ou afastado de nós, vive a sofrer.
Fora de Jesus Cristo, caríssimos de Deus, o cristianismo não está com nada.
Jesus não se contenta de “dizer palavras” referentes ao Reino, ele o faz experimentar. Na sua pessoa, em seus atos, em seu próprio modo de falar. Recordemos o motivo dado quando tentavam prendê-lo pela primeira vez: “É um sedutor!” E quando os emissários se justificavam por não tê-lo aprisionado: “Jamais homem algum falou como esse homem!”.
O Reino de Deus é imenso, é acolhedor, é diversificado. Somos parte, simplesmente, desse reino de amor e de fé. É hora de fazermos alguma coisa. Mas, por ora, compreendo, como cristão, que nos limitamos diariamente pelo pecado. Creio num mundo novo, creio num mundo cheio de amor e de paz. É nessa esperança que caminho. Obrigado, meu Deus, por nos confiar vivermos. Portanto, peço-lhe, em nome de todos, que tu, Senhor, ilumines as nossas escolhas, as nossas famílias, o nossos trabalhos, os nossos estudos. Assim seja!

Feliz Páscoa, irmãos e irmãs!

Com carinho e orações,
Onésio Júnior, Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão.

3 comentários:

  1. Uma tarde cheia de recordações, palavras de despedida, sinais sacramentais e gestos de profundo sabor fraterno. Alguns teólogos referem-se à Ceia do Senhor como o nascimento da Igreja. Orações. Penitências. Católicos, reviver é preciso. Sentir o que Jesus sentiu. Viver como Ele viveu. Homem ou deus? Não importa. Ensinamentos maravilhosos que viajam séculos, que alimentam uma humanidade pecadora com esperança, com amor. Paz, meu povo! Paz!

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  2. Uma tarde cheia de recordações, palavras de despedida, sinais sacramentais e gestos de profundo sabor fraterno. Alguns teólogos referem-se à Ceia do Senhor como o nascimento da Igreja. Orações. Penitências. Católicos, reviver é preciso. Sentir o que Jesus sentiu. Viver como Ele viveu. Homem ou deus? Não importa. Ensinamentos maravilhosos que viajam séculos, que alimentam uma humanidade pecadora com esperança, com amor. Paz, meu povo! Paz!

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  3. Que a Quinta-feira Santa, dia da Eucaristia e da instituição do sacerdócio ordenado, seja para o Povo de Deus, principalmente para os sacerdotes, o grande dia de contemplar o amor de Deus.

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