O senador Mão Santa (PSC-PI) manifestou, em pronunciamento nesta segunda-feira (22), suas preocupações com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele lamentou a decisão do presidente de vetar dispositivo do Orçamento Geral da União que impedia a destinação de recursos para obras em que o Tribunal de Contas da União (TCU) tivesse apontado irregularidades.
O parlamentar também lamentou que o presidente, possivelmente sob a orientação de assessores que ele chamou de "aloprados", tenha "iniciado uma campanha" contra o TCU, menosprezando as conclusões do tribunal a respeito de obras irregulares.
Mão Santa lembrou que votou em Lula nas eleições presidenciais de 1994, ajudou na sua campanha e acreditou no Partido dos Trabalhadores, acrescentando que seria muito mais fácil estar no "cordão dos puxa-sacos". Ele observou, no entanto, que prefere externar suas preocupações e até aconselhar o presidente.
O senador recordou conselho que recebeu do falecido senador e ministro da Justiça Petrônio Portella, o qual lhe disse que, antes de se candidatar ao governo do Piauí, tentasse a prefeitura de sua cidade natal, para aprender "na melhor das escolas políticas". Mão Santa lamentou que o presidente não tenha tido essa experiência, mas observou que ele pode superar esta falta com "estudo e trabalho".
O parlamentar disse que estudou muito antes de assumir cargo de prefeito, citando especialmente um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração, Jules Henry Fayol, que compara o administrador a um cirurgião.
- Ele dizia que o planejar é o pré-operatório. A operação em si, o trans-operatório, a obra - disse o senador.
Mão Santa considerou sua administração como governador "muito boa" utilizando os princípios ensinados por Fayol: "unidade de comando e unidade de direção; planejar, designar, orientar e coordenar" e sugeriu o mesmo caminho ao presidente.
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