3 de fev. de 2010

Atirando contra o alvo errado

O deputado federal Marcelo Castro parece não estar por dentro dos problemas que massacram o segurado do Iapep. Quando pede a exoneração de toda a diretoria do Instituto, o deputado e presidente do PMDB está cometendo uma injustiça e protegendo o principal responsável pela desgraça do Iapep, o governador Wellington Dias.
O governo do PT vem praticando um crime de ordem administrativa, passível até de punição do governador e do secretário da Fazenda, já que ambos assumem a responsabilidade de apropriação indébita quando retêm os descontos obrigatórios feitos no contracheque do servidor e não repassam para o Instituto de Previdência do Estado.
Ora, o Iapep tem gestores definidos como presidente, Diretoria Financeira e Conselho Fiscal. Nunca na história do Iapep nem na história administrativa do Piauí um governador e seu secretário da Fazenda se apropriaram dos recursos do Instituto de Previdência dos Servidores, como vem ocorrendo ultimamente.
O Iapep sempre administrou seus recursos. Aliás, como exemplo citamos o IPMT do município de Teresina, que gerencia seus recursos e tem um fundo de pensão de mais de R$ 90 milhões em depósito bancário, atendendo aos anseios dos servidores municipais.
O deputado Marcelo Castro não pode pedir a punição do governador por ser seu aliado político e desvia o problema para a diretoria do órgão. Não! Alto lá! O erro é de comando, de falta de competência e de preparo para o gerenciamento da coisa pública.
Ao final do governo Mão Santa, o então presidente do Iapep, o hoje deputado federal Marcelo Castro, deixou nos cofres do Instituto recursos da ordem de R$ 17 milhões, rotulados como Fundo de Pensão. Aliás, se os governadores não têm lançado mão desses recursos previdenciários, o Instituto de Previdência dos Servidores dispunha de um montante de recursos para financiar a casa própria do servidor, nos mesmos moldes de outros fundos de pensão que emprestam dinheiro ao governo.
O deputado Marcelo Castro sabe disso mais do que qualquer um, porém tenta passar à opinião pública que o problema do Iapep é de gestão. Não é. (Colaborou Tomaz Teixeira)

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