26 de abr. de 2013

Gestante que bebe injeta álcool na veia do feto, diz especialista

Simpósio Álcool e Drogas na Contemporaneidade no Brasil e no Mundo encerrou com a SAF (Foto:Hérlon Moraes/Sesapi)















O doutor José Mauro Braz de Lima encerrou sua participação no Simpósio Álcool e Drogas na Contemporaneidade no Brasil e no Mundo abordando o tema Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Nessa quinta-feira (25), uma caminhada alertou a população sobre esse mal ainda desconhecido, mas muito comum.
Antes de iniciar sua apresentação, Braz de Lima agradeceu ao convite para participar do evento e elogiou a iniciativa de lançar uma campanha contra a SAF. “Sinto-me lisonjeado de estar participando desta campanha. Muito obrigado a todos pela iniciativa”, disse.
Sobre a SAF, o doutor disse que a gestante que consome álcool necessariamente não vai gerar uma criança com a síndrome, mas os riscos são grandes. “Não quer dizer que quem bebe vai gerar um bebê com a SAF, mas os riscos são grandes. O ideal é não beber, evitar”, afirmou.
Segundo ele, o álcool cai diretamente na corrente sanguínea do feto. “Quando uma mãe bebe álcool pela boca, o feto está tomando uma injeção na veia de álcool”, alertou.
De acordo com o doutor, o álcool é uma substância depressora. “Ele diminui a atividade metabólica e mata a célula. O resultado são atrofias no cérebro”, declarou.
“No Brasil, a SAF representa, sem dúvida, uma das mais preocupantes questões da Saúde Materno-Infantil, sobretudo diante do preocupante aumento do consumo de álcool, notadamente de cerveja, registrado nestas duas últimas décadas quando nos tornamos um dos maiores produtores de bebidas alcoólicas do mundo. Vale observar que o Brasil passou a ser o terceiro maior produtor (e consumidor) de cerveja do mundo, ultrapassando a Alemanha, ficando atrás apenas da China e dos EUA”, acrescentou Braz de Lima.
Entre os efeitos da SAF estão quadros de déficit mental e distúrbios de comportamento, além de malformações congênitas, sobretudo craniofaciais caracterizadas por microcefalia, microftalmia, retrognatismo, baixo peso e baixa estatura ao nascer, configurando, assim, a chamada Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).




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