O Planalto e o Piauí

Lula, Wellington e Ciro: conversa a três, há dois anos, já tratando da eleição para senador do Piauí

Lula acha que em materia de eleição presidencial Dilma já ganhou a parada do tucano José Serra. Ele festejou a última pesquisa do Data Folha, que indica uma maioria de Dilma sobre Serra de 17 por cento e sinaliza sua vitória já no primeiro turno. A estratégia do presidente agora é tentar em matéria de governos estaduais, consolidar Hélio Costa em Minas, segundo maior colegio eleitoral e governado pelos tucanos, reverter em São Paulo, em favor de Aloisio Mercadante, Estado governador por outro tucano e o maior colégio do Brasil. A questão de governador já está arrumada, porque ele já conta como certas as vitorias no Rio de Janeiro, com Sérgio Cabral, Rio Grande do Sul, com Tarso Genro, na Bahia, com Jaques Wagner e, em Pernambuco, o consolidadissimo Eduardo Campos. Agora, o presidente quer eleger senadores nos Estados onde os governadores são literalmente dependentes de Brasília, vivem de pires na mão. Lula acha que um senador vale três governadores desses pequenos Estados, pois sem força política e sem recursos. É por isso que ele quer os dois senadores do Piauí, Rio Grande do Norte, Amazonas e Ceará, como destacou a revista Época desta semana. Como a coluna já afirmou, baseada em informações de Brasília, o candidato de Lula no Piauí ao Senado é Wellington Dias e poderia ser Antônio José Medeiros se este último estivesse com chance de eleição. Como até agora AJM não deslancha, Lula torce e certamente vai investir em Ciro Nogueira. Não é à toa e nem por acaso que o seu ministro das relações Institucionais, Alexandre Padilha chegou a declarar que Ciro é candidato parceiro de Lula e de Dilma. É só esperar para ver setembro chegar quando os aliados do presidente serão chamados para aplicar o voto útil. Isto é política.

Fonte: AZ