Blog do Pessoa: Opinião: “Governo mente sobre reajuste do magistério”


27 de fev. de 2020

Opinião: “Governo mente sobre reajuste do magistério”

O governador Wellington Dias (PT) , com o apoio da mídia oficiosa, tenta mistificar a opinião pública e jogar a sociedade contra os professores em greve dizendo que o seu governo está propondo um piso salarial superior ao fixado pela União. Não é verdade.
O percentual de reajuste oferecido agora pelo governo do Estado, de 4,17%, é referente ao ano de 2019, que não foi pago. O reajuste do piso nacional de salário para 2020 foi de 12,84% .
Para chegar ao salário de R$ 3.167,00, definido na mensagem que encaminhou a Alepi, o governo petista adicionou a gratificação por regência de classe, auxílio-alimentação e outras vantagens constantes no contracheque do professor ao seu salário, que é inferior ao piso nacional fixado em R$ 2.886,24.
E o mais grave é que, ainda que seja aprovado, o novo piso só será pago quando o Piauí sair do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que não se sabe ao certo quando ocorrerá. O governo trabalha com a hipótese de pagar o reajuste entre abril e maio, mas não há nenhuma garantia de que essa promessa será cumprida.
A mensagem do governo será votada depois da audiência pública que acontecerá após o carnaval e a direção do Sinte está mobilizando a categoria para fazer uma grande manifestação contra a aprovação do aumento nos termos propostos pelo governo.
Enquanto o governo utiliza a imprensa para tentar jogar a população contra os grevistas, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) diz que a greve não é apenas por salário, mas pela falta de diálogo com a categoria e o não cumprimento do acordo de 2019, pelo qual o governo assumiu e não cumpriu o compromisso de aplicar um reajuste de 4,17% sobre o vencimento. 
Leo Maciel, assessor de Imprensa do Sinte, reafirma que a greve não é só por salários, mas também por condições de trabalho e denuncia o sucateamento do transporte escolar. “Além disso, lutamos pelo reenquadramento dos servidores administrativos e por um reajuste decente do auxilio alimentação que, pela mensagem do governo, será de apenas R$ 5, acrescenta.
A presidente do Sinte, Paulina Almeida, lembra que é deplorável o estado da maioria das escolas do Estado e relata problemas com a merenda e o transporte escolar, o que denuncia o descaso do governo com a educação. “Acrescente-se a isso a lentidão nas aposentadorias, congelamento das mudanças de nível e classe e a relutância do governo em reajustar os salários.” (Com informações do jornalista José Olímpio)

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