Blog do Pessoa: Valdir Aragão conversou com os funcionários e pediu o apoio de todos para reestruturar a saúde da cidade


14 de jan. de 2017

Valdir Aragão conversou com os funcionários e pediu o apoio de todos para reestruturar a saúde da cidade



Acompanhado de sua equipe, na manhã desta sexta-feira (13) o secretário de Saúde de Parnaíba, Valdir Aragão, deu continuidade ao trabalho de visitação e monitoramento nos postos de saúde do município. Em todas as unidades de saúde o médico encontrou inúmeras deficiências e reclamações dos trabalhadores. Uma das situações mais críticas foi detectada na Unidade Básica de Saúde Módulo-15, no bairro Nova Parnaíba. O prédio se encontra com inúmeras dificuldades estruturais, sendo que nem cadeiras têm no consultório médico. A enfermeira da unidade, Renata Brito, informou que praticamente todos os equipamentos foram levados para o Módulo 14, que até então também funcionava no local.


“A determinação foi de que deveriam levar tudo para a nova sede do Módulo 14, e assim acabamos, perdendo toda a nossa estrutura e ficamos sem a mínima condição de atender o público. Já Solicitamos a reposição dos equipamentos e estamos aguardando”, explicou a enfermeira.

Na unidade também não há computadores, sala de procedimentos, remédios e nem vacinas. Assim que tomou conhecimento do estado em que o posto se encontrava, Aragão imediatamente ligou para a Secretaria Municipal de Fundos determinando o envio imediato dos equipamentos. Enquanto nossa equipe de reportagem ainda estava no local, as cadeiras começaram a chegar.

“Chega ao absurdo de médicos não estarem dando expediente por falta de cadeira em posto de saúde. Nessas condições não tem como exigir que os profissionais dêem expediente, pois nem mesmo a estrutura mínima para trabalhar eles tinham. A situação que encontramos a saúde de Parnaíba é deplorável e é este quadro que já começamos a mudar”, afirmou Aragão.
Próximo dali, no Posto de Saúde do Bebedouro – Módulo 16, o secretário encontrou um cenário parecido com o anterior. No prédio alugado não há local apropriado para fazer os curativos, nem sala de aerosol, triagem, de procedimento, de prevenção e reuniões. Não está tendo consulta para a população porque a única médica da unidade está de licença maternidade e só retornará em maio. Também não tem vigia e nem dentista. A porta da sala de atendimento que estava quebrada só foi trocada porque por conta própria a enfermeira Julie Meireles comprou uma nova e mandou instalar.
“Estou há oito anos trabalhando aqui e minhas solicitações mais básicas nunca foram atendidas. Já estava um ano sem atendimento nesta sala, então cansei e comprei a porta por conta própria. São muitas carências e esperamos que isso agora se resolva”, frisou Julie.
No Posto de Saúde do Joaz Souza – Módulo 24, não tem médico desde agosto do ano passado. Com isso, os pacientes estão sendo encaminhados ou para a unidade do bairro São Vicente de Paula ou para o PSF da Vegeflora. Lá também falta vigia, os banheiros estão entupidos e os remédios para diabetes e hipertensão estão em falta. Até a água para os funcionários beberem é comprada porque os bebedouros não funcionam. A dentista do posto se limita a apenas dar palestras na comunidade porque faltam insumos e estrutura no consultório.

Uma das situações mais bizarras foi vista no Posto de Saúde do Tabuleiro – Módulo 25. Às 11:00 da manhã apenas a recepcionista estava dando atendimento. De acordo com ela, a enfermeira havia saído no início do expediente para tomar café e não retornou. Surpreso, Aragão ligou para a Coordenação de Atenção Básica a Saúde e pediu um relatório, de modo a serem tomadas providências urgentes quanto ao caso geral do posto.

Diante do caos, em todas as unidades por onde passou, o secretário pediu o apoio, comprometimento e seriedade das equipes tanto no trabalho técnico desempenhado por cada um dos profissionais, quanto no trato com os pacientes.
“Peço o apoio e seriedade de todos porque estamos lidando com vidas, com pessoas que já estão sofrendo com alguma doença e entram em contato conosco já fragilizadas, ansiosas e depressivas. O paciente é a razão de existir do médico, do enfermeiro e dos demais servidores da saúde. É para ele que trabalhamos. Recebemos a saúde de nossa cidade em frangalhos, mas com o empenho e dedicação de todos, podemos mudar esse cenário e oferecer um atendimento digno para os parnaibanos”, ponderou.

Por Luzia Paula
Blog do Pessoa 

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