Blog do Pessoa: Governador e servidores não chegam a um acordo e greve está mantida


25 de dez. de 2016

Governador e servidores não chegam a um acordo e greve está mantida

A discussão entre governo e servidores sobre a PEC 03/2016 que limita os gastos e os Projetos de Lei (PL) 70,76, 77, referente a previdência social, que aumenta a alíquota de 11% para 14% dos servidores, teve mais um capítulo na noite de ontem(23). A reunião entre o governador Wellington Dias e representantes dos servidores terminou por volta das 20 horas e não houve acordo. De um lado, o governo defende a PEC e do outro, os servidores querem que ela seja retirada de pauta.
 O governador argumenta que a PEC do estado não tem nada a ver com a PEC federal e que em vez de congelar salários irá abrir um caminho para chamar concursados e fazer reajustes, além de aumentar os investimos. 
“Temos aqui um caminho que é um grande passo para o equilíbrio na previdência, tem a compensação e isso não altera um centavo na receita de cada servidor. Do outro lado, ao apresentar as novas regras para receita e despesas, juntos a todos os poderes, nós temos as condições de sair do limite prudencial da responsabilidade fiscal, ao contrário do que se disse, que há uma regra para congelar salários é hoje que nós temos essa situação de impedimento, de promoção e reajuste, de chamar concursado, de progressão. Com essas matérias que estão na Assembleia, a gente alcançando esses objetivos, nós vamos conseguir voltar a sentar à mesa com o servidor e, claro, de acordo a capacidade do estado, alcançar esse objetivo de reajustes e concursos e ainda aumentar os investimentos, que é interesse de todo o povo do Piauí”, declarou o governador. 
Ele disse que acatou a mudança de prazo do projeto, que foi uma solicitação dos movimentos e também dos parlamentares, mas continua defendendo que ela seja votada ainda neste ano, para começar a valer já em janeiro, junto com o Orçamento. “Se o objetivo é alcançar 10% dos investimos, por que prosseguir por mais anos quando essa meta for alcançada? Então estabelecemos que, tão logo que o Estado alcance esse patamar de 10% para investimentos, a gente não tem mais esses limites, essas regras que estão estabelecidas. Mas, desejamos a aprovação ainda em 2016, junto com o orçamento, já que podemos sair do limite da LRF mais cedo, por que nós vamos ficar adiando? Por isso peço esse voto de confiança do conjunto de servidores do Piauí”, ressalta o governador.  
Movimentos sindicais 
A presidente da Associação dos Docentes da Uespi, professora Lina Santana, que participou da reunião, disse que os representantes dos movimentos sindicais continuam sem aceitar os argumentos do governador e solicitaram que a discussão fosse adiada para fevereiro, quando a pauta pudesse ser discutida nas bases dos servidores, para que pudessem entender melhor. 
“Não ficou resolvido nada. O governador defende a PEC na linha do governo e a gente entende que ela amarra por dez anos nossos reajustes, promoções, concursos já que tudo isso é visto como despesa. Pedimos um prazo até fevereiro, mas ele não fechou com a gente, porque não tenho como reunir os professores, a Uespi está fechada. Qual interesse em aprovar agora na véspera do Natal?”, questionou a sindicalista. 
A professora disse ainda que a garantia da mudança para dois anos não foi dada pelo governador e citou estados que mesmo com dívidas não fizeram uma PEC parecida. “Estados lascados como o Rio de Janeiro, não apresentaram uma PEC dessa. Ficamos indignados de como o governador defende com tanta veemência, como se fosse a salvação para o servidor. E nós sabemos que é o contrário. Por isso, vai ser um embate bom segunda (26)”, prevê Lina Santana.
Os servidores devem se reunir em assembleia na manhã da próxima segunda-feira(26), na frente da Assembleia Legislativa, para deliberar sobre as discussões realizadas na reunião.  No entanto, a greve geral que deve ser deflagrada na terça(27), está mantida. 
Participaram da reunião a representantes da Polícia Militar do Piauí, Corpo de Bombeiros,  os diretores do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Piauí (Sinpoljuspi), Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Piauí (Sinte), Associação dos Professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Piauí (Sindespi) e Sindicato dos Fisioterapeutas do Estado do Piauí e de várias outras categorias.

Caroline Oliveira
carolineoliveira@cidadeverde.com

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