Blog do Pessoa: Capitão Marcelo Anderson afirma que Polícia Militar do Piauí está parada


30 de nov. de 2015

Capitão Marcelo Anderson afirma que Polícia Militar do Piauí está parada

Foram registrados 14 homicídios no estado do Piauí nas últimas 48 horas, após o início da ação Polícia Legal, iniciativa das Associações Unidas dos Policiais e Bombeiros Militares do Piauí, que faz parte do movimento "Juntos Somos Mais Fortes", deflagrado no dia 13 de novembro, e foi dividido em etapas. O objetivo maior é pressionar o Governo na reivindicação de direitos trabalhistas.

A primeira fase foi a Tolerância Zero, onde os policiais militares potencializaram as ações de prevenção e repressão de crimes, não tolerando qualquer tipo de impedimento ou desvio para a persecução criminal, a fim de pressionar o sistema de segurança pública, que, segundo a categoria, não possui estrutura para atender as demandas. A segunda etapa, Polícia Legal, deflagrada no último sábado (28), é mais severa, tirando de circulação todos os policiais militares, que ficam aquartelados nos batalhões, sem atender qualquer solicitação. 

O Capitão Marcelo Anderson, à frente do movimento "Juntos Somos Mais Fortes", concedeu entrevista ao GP1, onde garante que a ação Polícia Legal é baseada na legalidade. Ele afirma que o Governo não vem garantindo o aparato para execução lícita do trabalho de policiamento e que não estaria fornecendo equipamentos suficientes e de boa qualidade, além das viaturas dos batalhões estarem em péssimas condições de circulação, com documentos atrasados.

Imagem: Thais Guimarães/GP1Capitão Anderson afirma que a paralisação é por tempo indeterminado(Imagem:Thais Guimarães/GP1)Capitão Anderson afirma que a paralisação é por tempo indeterminado
Na entrevista, o Capitão explicou a atual situação no que diz respeito ao policiamento no Estado. “A Polícia Militar está parada em todo o estado do Piauí. Continuam trabalhando apenas os policiais da gestão administrativa, que possuem cargos comissionados e tem relações funcionais importantes dentro da estrutura da organização, o que é uma maneira de maquiar a realidade da PM, que hoje não oferece o mínimo de segurança para a população”, afirma. 

Ainda segundo o militar, em Teresina, das 81 viaturas distribuídas nos batalhões, apenas 10% ainda estão circulando, número que pode diminuir. “Quem determina o tempo da paralisação é o Governo, se ele sinalizar hoje que está disposto a negociar, nós imediatamente convocamos uma assembleia para discutir os acordos que nos forem apresentados, e deliberamos o fim da paralisação. No entanto, o Governo e a Secretaria de Segurança do Estado não sinalizaram qualquer resposta. A impressão que fica é a de que o Governo quer instalar o caos no Estado”, ressalta Anderson.

Outro lado

O secretário de segurança do Estado, Fábio Abreu, foi procurado pelo GP1, e respondeu que está entrando em contato com o governador Wellington Dias para marcar uma reunião o mais rápido possível para discutir o assunto.


Imagem: Francisca PintoSecretário de Segurança, Capitão Fábio Abreu(Imagem:Francisca Pinto)Secretário de Segurança, Capitão Fábio Abreu
Fonte: GP 1

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